Por falta de quórum, a Câmara de Campos não teve sessão mais uma vez nesta terça-feira (10). No Facebook, o vereador oposicionista Thiago Virgílio (PTC) reclamou, afirmando que assuntos importantes para o município deixaram de ser discutidos porque o governo municipal teria orientado sua base para não comparecer. Conhecido como “pittbull rosa”, ele não lembrou, porém, que, de janeiro a outubro do ano passado, quando era vice-presidente da Casa e do grupo da então prefeita Rosinha Garotinho (PR), a Câmara não realizou 17 sessões até outubro. No mesmo período deste ano foram quatro. Presidente do Legislativo, Marcão Gomes (Rede), afirmou que, se todos os vereadores de oposição estivessem presentes, teria sessão normalmente ontem.

Apenas nove vereadores compareceram nesta terça-feira. São necessários 13 para haver quórum. Cinco vereadores presentes eram da base governista: O presidente Marcão, Marcos Bacellar (PDT), Jorginho Virgílio (PRP), Neném (PTB) e Enock Amaral (PHS). Três de oposição: Linda Mara Silva (PTC), Miguelito (PSL) e o próprio Thiago Virgílio. Além de um independente: Jorge Rangel (PTB).

No facebook, Thiago Virgílio reclamou da falta de quórum e disse que assuntos como a crise na Saúde, RPAs e transporte precisavam ser debatidos.

Porém, o presidente Marcão argumenta:

- Se todos os vereadores de oposição tivessem comparecido, teria quórum.

A oposição tem sete vereadores: Além dos três que compareceram, são da bancada Thiago Ferrugem (PR), Kellinho (PR), Ozéias (PSDB) e Josiane Morumbi.

Em contato por telefone, Thiago Ferrugem classificou de “conversa fiada” a alegação do presidente de que a sessão não ocorreu porque a oposição não estava presente: “Todos os dias, o presidente abre a sessão 17h30, 18h. Eu estava em um evento da Prefeitura no Trianon, a convite da presidente da FMIJ, Suellen André de Souza, como ex-presidente da Fundação. Às 17h15, 17h20 no máximo estava na Câmara, encontrei a vereadora Josiane no elevador e recebemos a informação de que não houve sessão. Foi uma manobra sim para evitar discussões importantes”, afirma Thiago Ferrugem.