TRE mantém Pudim deputado
10/10/2017 09:44 - Atualizado em 16/10/2017 19:08
Por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou o pedido do Partido da República (PR), que queria o mandato do deputado estadual Geraldo Pudim, que deixou a legenda em 2015 e filiou-se ao PMDB. De acordo com entendimento do plenário, Pudim não cometeu ato de infidelidade partidária. Por telefone, Pudim afirmou que, em nenhum momento, duvidou da vitória por não haver nada contra ele. E desabafou, dizendo que se tratava de perseguição por parte do presidente regional do PR Anthony Garotinho: “Ele vive em um mundo próprio em que é juiz, advogado, promotor, desembargador, ministro... Ele julga e condena. Age como um ditador”.
Pudim saiu do PR, após sucessivos atos de exclusão, como a suspensão da legenda e a proibição de utilizar a sigla, o que chegou a ser comunicado ao presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani. Segundo o plenário, não foi dado a Pudim o amplo direito à defesa diante dos atos e o procedimento de suspensão e, posteriormente, de expulsão, não teria passado pela Comissão de Ética do partido.
Em defesa de Pudim foi usada nota atestada por toda a bancada do PR que dizia que ele não havia cometido infidelidade partidária. Geraldo Pudim também foi retirado da executiva do Partido unilateralmente, por Garotinho.
O parlamentar questiona o porquê de o Partido da República não ter pedido na Justiça os mandatos dos deputados Márcia Jeovani, Felipe Soares, Jair Bittencourt, Gil Vianna e Clarissa Garotinho, que também mudaram para outros partidos no decorrer no tempo e depois de Pudim.
- As acusações que esse moço faz não trazem realidade. Sai do partido por não haver mais ambiente para continuar lá. Foi justa causa. E não foi o PR quem pediu meu mandato. Foi ele. O PR é ele. Por que não pediu de Jair Bittencourt, Felipe Soares, Gil Vianna (no caso de Gil, se escondeu atrás de um aliado para pedir)? Isso demonstra um processo de perseguição contra mim. Ele cria as coisas e quer que as pessoas acreditem naquilo. Ele vive em um mundo próprio em que é juiz, advogado, promotor, desembargador, ministro... Ele julga e condena. Age como um ditador. E acrescentou: “Esse rapaz está precisando de tratamento médico, a família precisa ver isso. Lamento que uma pessoa possa estar terminando sua vida publica desse jeito”.
Aliado de Garotinho há mais de 30 anos, Pudim rompeu com o ex-líder em 2015. Meses depois, filiou-se ao PMDB, que tem como presidente regional Picciani inimigo político de Garotinho. (S.M.)

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