Reconstituição do assassinato da Ana Paula é adiada
Jane Ribeiro 10/10/2017 15:54 - Atualizado em 16/10/2017 18:24
A reconstituição do assassinato da jovem Ana Paula Ramos, 25 anos, marcada para a tarde desta terça-feira (10), não foi realizada por ausência dos suspeitos de serem os executores do crime. Segundo o titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Luis Maurício Armond, a secretaria de Estado de Administração Penitenciária alegou não ter viatura para transportar os detentos da Cadeia Pública de Itaperuna para Campos. A reconstituição foi remarcada para esta quarta-feira (11), às 9h30.
Representantes do Ministério Público e da Guarda Civil Municipal de Campos, além dos suspeitos de envolvimento no crime — a cunhada e amiga da vítima Luana Sales, Igor Magalhães de Souza e Wermison Siguimaringa Ribeiro — vão participar da ação.
De acordo com Armond, as investigações do crime que chocou a cidade já avançaram mais, com novas provas obtidas. “Nós caracterizamos as ligações dos executores para a Luana. Eles usaram os telefones das genitoras deles. Então, na quebra de sigilo bateram as ligações coerentes com o que foi determinado. Então, eles confirmaram, e foi feito realmente o contato. E outras diligências estão em curso também. Descobrimos outras atuações das pessoas envolvidas, no sentido de atrapalhar as investigações. Estão tentando de forma veemente desaparecer com provas. Isso aí não vamos aceitar. Vamos tomar algumas providências. Hoje esperávamos ter uma reconstituição para termos uma noção da dinâmica exata do fato, mas não foi possível”, ressaltou o delegado.
Ana Paula foi baleada no final da tarde do dia 19 de agosto, em uma praça do Parque Rio Branco, em Guarus, em uma simulação de assalto. A mandante, segundo a Polícia Civil, seria a cunhada e amiga da vítima Luana Sales. A jovem morreu cinco dias depois de ser baleada, em decorrência de “trauma no crânio por perfuração de projétil de arma de fogo”, segundo a perícia.
De acordo com as investigações, Luana teria convidado Ana Paula para ir até o Parque Rio Branco visitar a obra de sua casa. Depois, elas veriam o vestido que a suspeita usaria no casamento da vítima. Já no local, Luana chamou a cunhada para tomar um sorvete na praça. Este seria o sinal para a execução do plano de falso assalto. Atingida por três tiros, um na cabeça e dois no tórax, Ana Paula foi socorrida por populares e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM) na carroceria de uma caminhonete.
Luana, segundo a Polícia Civil, teria contratado Igor Magalhães de Souza, 20 anos, preso no dia do crime, e Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, 20 anos, por intermédio do namorado de outra amiga, Marcelo Henrique Damasceno de Medeiros, 18 anos. Eles contaram que ela pagou R$ 2.500 pela morte da amiga e que R$ 500 teriam sido pagos no local do crime.
Luana foi presa por policiais militares no HFM, em uma roda de orações pela vida de Ana Paula. No dia do crime, ela esteve na delegacia, como testemunha, e reconheceu Igor, assim como os demais, nas prisões seguintes.
Ana Paula teve morte cerebral constatada na noite do dia 21, no HFM, e na noite do dia 23, ela teve morte decretada por falência múltipla dos órgãos.

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