"HUMAN" no Cineclube Goitacá
Matheus Berriel 10/10/2017 17:57 - Atualizado em 13/10/2017 19:30
Quem comparecer ao Cineclube Goitacá na noite desta quarta-feira (11) tem tudo para se emocionar. O documentário “Humano — Uma Viagem Pela Vida” (Human, 2015), dirigido pelo cineasta francês Yann Arthus-Bertrand, será apresentado pelo engenheiro Peter Lamers, holandês radicado em Campos, tratando das diferenças sociais e culturais. A sessão começará às 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, situado à esquina da rua Conselheiro Otaviano com a rua Treze de Maio, no Centro, com entrada gratuita.
Lançado em 60 países e 63 línguas, “Humano — Uma Viagem Pela Vida” possui várias versões. A mais longa, destinada ao cinema, tem três horas e oito minutos de duração. A que será apresentada por Peter Lamers, porém, é a primeira parte de uma divisão de três, com duração de uma hora e meia, tempo suficiente para os espectadores se emocionarem com as diversas situações de vida relatadas por pessoas de vários cantos do mundo. Temas como amor, homossexualidade, agricultura e migração são abordados.
— Na verdade, são três partes. Eu vou mostrar a primeira, de uma hora e meia, que representa um terço da obra. O documentário mostra vários tipos de pessoas no mundo, o jeito como essas pessoas são. Tem os pobres, os da classe média, os ricos... Mostra as diferenças sociais. Trata-se de uma espécie de fotografia da humanidade — contou Peter Lamers.
Para fazer a obra completa, Yann Arthus-Bertrand entrevistou, ao longo de três anos, mais de duas mil pessoas em 65 países. A edição completa conta com 110 personagens escolhidos. Entre eles, nomes conhecidos como o fundador da Microsoft, Bill Gates; o oitavo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon; a atriz e ex-modelo Cameron Diaz; e o ex-presidente uruguaio, José Mujica. Porém, histórias de entrevistados quase anônimos são as que costumam emocionar mais.
— A obra mostra como as pessoas se tratam fisicamente.Tem entrevistado sem dente, enquanto o outro está muito maquiado. Mostra como as pessoas se vestem, de formas diferentes. Cada pessoa vai demonstrar suas próprias emoções e seus próprios pensamentos, pois o filme relata a pluralidade; as diferenças das pessoas no mundo inteiro. Vai mexer com a sensibilidade do espectador. As pessoas vão sentir emoções distintas e pensar: “eu sou feliz e não sabia” ou “a vida é assim mesmo”. É um documentário para refletir, que mexe com todo mundo — comentou o holandês.
Morando em Campos há 17 anos e membro assíduo do Cineclube Goitacá, esta será a segunda vez que Peter Lamers fará a função de apresentador. A primeira foi em abril de 2015, com o filme “Fernão Capelo Gaivota” (“Jonathan Livingston Seagull”, 1970). “Sou membro do Cineclube Goitacá há bastante tempo. Então, entendo que também é meu dever apresentar. Minha primeira vez foi muito positiva, eu chamei o público para a discussão. Gosto muito de trocar opiniões sobre os assuntos que estão sendo apreciados, e o Cineclube é um espaço com pessoas experientes, de nível cultural elevado, que também estão ali para isso”, finalizou Peter.

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