Lágrimas pela tragédia de Janaúba
06/10/2017 00:23 - Atualizado em 06/10/2017 01:26
Como entender a tragédia de Janaúba, em Minas Gerais, onde um homem entrou em uma creche, ateou fogo e matou seis crianças, uma professora e ele próprio?
Como entender que crianças de quatro anos, quando só deveriam ter contato com risadas e brincadeiras, tenham sido arrancadas para uma realidade tão violenta?
Como entender que, no mês dedicado a elas, essas crianças tenham sido queimadas vivas em um lugar que deveriam estar seguras, aprendendo a desenhar seus futuros?
Como imaginar a dor dos pais e das famílias, com tantos planos e sonhos, agora velam seus filhos?
Impossível. Quando matou aquelas crianças, o homem matou, também, a inocência de todas as outras que estavam ali e carregaram cicatrizes no corpo e na alma durante toda vida. Matou esperança, matou futuro, matou sonhos de todos aqueles que estavam na creche, por ironia do destino, chamada Gente Inocente.
Tudo aquilo que poderia ou não ser percebido, feito acaba sendo menor que a dor daquela cidade. Morri um pouco em Janaúba. O mundo ficou mais sem graça, sem cor, sem sonho. 
Lembrei da pergunta feita pelo menino Zezé, do livro "Meu pé de laranja lima", ao descobrir dor e a saudade muito cedo: "Por que contam coisas às criancinhas?".
Questiono: "Por que fazer sofrer criancinhas?"
Só nos resta chorar e rezar pelas famílias e pelos sobreviventes.

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    Sobre o autor

    Suzy Monteiro

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