Suspensão de benefício repercute nas redes sociais
30/09/2017 00:05 - Atualizado em 16/10/2017 19:19
Ponto Final
Ponto Final / Ilustração
Passagem suspensa
Bastou o anúncio oficial da suspensão da Passagem Social para que as redes sociais fossem inundadas por uma série de queixas. Algumas bastante agressivas, que revelam mais do que a revolta por ter que pagar R$ 2,75 a partir da próxima segunda-feira. Tem os que pegaram carona para criticar o atual governo sem olhar no retrovisor o que foi deixado pela gestão anterior, mas a maioria das queixas é pertinente, afinal, quem gastava no início do ano R$ 2,00 para ir e voltar do trabalho, passa agora a desembolsar R$ 5,50.
O outro lado
A justificativa dada pelo governo do prefeito Rafael Diniz é a de que nos últimos anos “o alto investimento público no transporte coletivo não resultou em qualidade para a população (...) por isso, neste momento, é preciso reavaliar e repensar todo o sistema, buscando a eficiência”. Além da suspensão, foram anunciados o cadastramento de todas as gratuidades, um estudo para revisão da tarifa — novo possível aumento —, e a intensificação do combate ao transporte irregular. Ações de combate ao transporte clandestino já vinham sendo feitas e causando reações dos motoristas das chamadas lotadas, que chegaram a parar impunemente a cidade em protesto.
Ferrenho opositor
Não deve ter sido das decisões mais fáceis para o governo de Rafael tomar neste momento, não só pelo desgaste que vem sofrendo com as medidas impopulares adotadas diante da crise financeira, mas também pelo momento no qual o mais ferrenho opositor do prefeito volta à cena com a corda toda. Desde que saiu da prisão, Anthony Garotinho tem disparado contra integrantes do atual governo e se colocado como único defensor dos pobres, sem, claro, levar em consideração a que custo o governo de Rosinha conseguiu manter programas sociais, como o endividamento milionário de Campos até 2030.
“Cabeça erguida”
Antes de ter mais esta munição da passagem, o condenado na Chequinho Garotinho concedeu, ontem, uma entrevista, na hora do almoço, à Record, em Campos. Estava mais contido do que nos últimos dias, porém, não dá para saber se foi orientado por advogados a baixar o tom das acusações contra tudo e todos ou se a pedido da emissora temendo consequências futuras. Fato é que quando esteve dias antes lá, Rosinha disparou sem dó a “metralhadora giratória”. Já Garotinho voltou a alegar perseguição, mas garante que sai da prisão “preparado, de cabeça erguida e mãos limpas”. Para finalizar, diz que todos serão inocentados e ainda receberão indenização por danos moral e material.
Dias melhores
São cada vez maiores as apostas de que o Rio de Janeiro vai viver dias melhores e de superação da crise. O governador Luiz Fernando Pezão destacou, ontem, a perspectiva de retomada do desenvolvimento econômico no Estado. Os anúncios que ocorreram no decorrer desta semana, de investimentos no segmento de óleo e gás – com o sucesso no leilão dos blocos da Bacia de Campos e a licitação de gás natural do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) – e o Projeto Xingu Rio, do grupo chinês State Grid Brazil Holding são, de acordo com ele, sinais inequívocos de perspectivas positivas para a economia estadual.
Reflexo
Segundo Pezão, “quando o Rio vai bem, o Brasil vai bem”. Ainda de acordo com o governador, os anúncios efetuados pelo setor produtivo no decorrer desta semana vão gerar bilhões de investimentos no Rio. Somente o leilão de óleo e gás realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que registrou bônus de assinatura recorde de R$ 3,8 bilhões, deverá gerar R$ 600 milhões em investimentos iniciais no desenvolvimento dos campos licitados no Estado.
Impasse
O Rio vive também dia de expectativas para a liberação de R$ 3,5 bilhões do acordo de recuperação fiscal. No entanto, a venda da Cedae, que faz parte do que foi combinado pelo governo estadual com a União, foi suspensa pela juíza substituta Maria Gabriela Nuti, da 57ª Vara do Trabalho. Ela proferiu decisão liminar determinando que a Companhia e o Governo do Estado não pratiquem qualquer ato para a venda, sob pena de multa diária equivalente a R$ 500 mil. Os mandados de notificação já foram expedidos pela Justiça e o Estado garante que vai recorrer.
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