Escolha do Rio como sede olímpica na mira da Lava Jato
05/09/2017 08:47 - Atualizado em 08/09/2017 16:20
Polícia Federal
Polícia Federal / Agência Brasil
Policiais federais cumprem, na manhã desta terça-feira (5), no Rio de Janeiro, dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, em nova fase da Operação Lava Jato. A Operação Unfair Play (Jogo Sujo), que conta com apoio de autoridades francesas, tem o objetivo de desmontar um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do governo fluminense.
As investigações indicam a possibilidade de participação de dono de empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da cidade do Rio de Janeiro pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, “o que ensejou pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos”, diz a nota da Polícia Federal.
De acordo com a polícia, “as investigações foram iniciadas há nove meses e apontam que os pagamentos teriam sido efetuados tanto diretamente com a entrega de dinheiro em espécie, como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais. Além disso, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros”.
RIO - Quase dez meses depois da prisão do ex-governador Sérgio Cabral e de parte de seu secretariado e assessores mais próximos, a força-tarefa da Lava-Jato não só volta às ruas do Rio na manhã desta terça-feira, como também, pela primeira vez, rompe as fronteiras nacionais com o objetivo de rastrear o caminho do dinheiro desviado pela organização criminosa liderada pelo peemedebista, tendo como alvos o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como o "rei Arthur", e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, colocando em xeque o processo de escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos 2016.
O Ministério Público Federal afirma que há "fortes indícios" de que Nuzman "interligou corruptos e corruptores" na compra de votos dos membros do COI.
(A.N.)

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