A prefeitura não bancará a conta do desfile fora de época em fins de fevereiro. A informação é do secretário de Desenvolvimento Econômico, Victor de Aquino. O circuito “Carnaval de Rua de Campos”, que a própria prefeitura lançou, também não será bancado pela “Viúva” — o poder público.
A prefeitura age certo. O carnaval fora de época, ao contrário do que acontece em várias cidades, em que o evento é realizado dentro do calendário, não traz divisas. Só gera despesas. E até para o consumo interno o dinheiro gasto com os desfiles não se justifica.
No governo Rosinha Garotinho, em que o Cepop, palco dos desfiles, foi construído com o gasto de uma fortuna, o povo só comparecia ao carnaval porque a prefeitura bancava atrações de fora, vindas do Rio. Não fosse isso e as arquibancadas ficariam às moscas.
A possibilidade de a prefeitura bancar blocos e escolas de samba ganhou as redes sociais. E prevaleceu a ideia de que o poder público deve tão somente investir na estruturação dos desfiles. No mais, que a grana surja da iniciativa privada.
Aliás, no passado, quando à frente da prefeitura estava Zezé Barbosa, avô do prefeito Rafael Diniz, não havia repasse de verba para blocos e escolas. As próprias instituições corriam atrás de dinheiro. Muitas usavam um “livro de ouro” colhendo doações.