Cobertura da Folha sobre a Chequinho foi proporcional à gravidade do escândalo, diz juiz
19/09/2017 22:25 - Atualizado em 19/09/2017 22:27
No início das investigações, documentos foram apreendidos
No início das investigações, documentos foram apreendidos / Folha da Manhã
Na sentença em que julgou improcedente uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), que pedia a cassação do prefeito Rafael Diniz (PPS), conforme noticiado por Suzy Monteiro, em seu blog na Curva do Rio, o juiz Eron Simas observa a cobertura do jornal Folha da Manhã quanto à operação Chequinho: Segundo o magistrado, a cobertura “foi, inegavelmente, ampla, porém proporcional à gravidade do escândalo; como registrei em todas as 38 sentenças das AIJEs, 'um dos maiores e mais audaciosos esquemas de compra de votos de que se tem notícia na história recente deste país'”.
Ainda na análise do caso, o magistrado observa que “o que veda a lei é a manipulação de informações, a fim de falsear a verdade para prejudicar um candidato e beneficiar outro. No caso sujeito, isso não ocorreu. As matérias referidas veiculam notícias e dados concretos, inclusive fatos que são públicos e notórios ocorridos na cidade. São notícias, como, por exemplo, as atinentes à Operação Chequinho, que podem – e devem – ser levadas a conhecimento dos cidadãos, até mesmo para que possam fiscalizar a atuação de seus governantes, auxiliando-a, inclusive, no processo de escolha política. Enfim, as reportagens não destoam da finalidade informativa típica das matérias de cunho jornalístico”.
A Aije que pedia a cassação do prefeito de Campos foi proposta pela Coligação Frente Popular Progressista de Campos, o vereador Thiago Virgílio (PTC) e Luis Eduardo Crespo. Eles alegavam abuso de poder econômico por parte de Rafael, da vice Conceição Sant'Anna (PPS) e dos demais investigados — os diretores da Folha, o presidente do grupo Imne e os proprietários do instituto Pró4.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Arnaldo Neto

    [email protected]