Chequinho: com defesa prévia rejeitada, Vladimir se diz tranquilo
Suzy Monteiro 16/08/2017 09:57 - Atualizado em 17/08/2017 13:58
Wladimir Garotino
Wladimir Garotino / Folha da Manhã
O caso Chequinho teve mais alguns desdobramentos nesta terça-feira (15). O juiz da 100ª Zona Eleitoral, Ralph Manhães, rejeitou os argumentos da defesa de Wladimir Garotinho (PR) na defesa prévia apresentada na ação penal, na qual o filho do casal Garotinho é acusado de envolvimento no “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos. O magistrado ainda designou, para 18 de outubro, a primeira audiência da ação. À Folha, Wladimir afirmou estar tranquilo: “não sou acusado de nenhum ato, por nenhuma pessoa”. Em outro movimento, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) teve negada a suspeição do promotor Leandro Manhães, a quem acusa de compor uma tríade que reúne políticos, a mídia e parte do Judiciário, que o perseguiria politicamente. Procurada, a assessoria de Garotinho não respondeu.
Após denúncia do Ministério Público Eleitoral, o juízo da 100ª Zona Eleitoral impôs algumas medidas cautelares a Wladimir, como a proibição de manter contato com os demais réus e testemunhas do caso, com exceção do pai; de se ausentar de Campos por mais de oito dias sem autorização prévia da Justiça; e de frequentar a Câmara de Vereadores da cidade.
Ainda de acordo com a decisão, o filho dos ex-governadores também é obrigado a comparecer em juízo mensalmente. As sanções foram aplicadas como substituição ao pedido de prisão preventiva.
De acordo com Wladimir, ele está tranquilo.
— Não tenho preocupação com audiência ou com qualquer situação relativa ao caso, visto que não sou acusado de nenhum ato, por nenhuma pessoa.
A única coisa que existe é uma suposição do MP que eu “teria” cometido crime por associação. Eles alegam que o crime foi cometido por pessoas do grupo ao qual faço parte. O mais incrível é que só moveram essa ação nove meses após as demais, sem nenhum fato novo que justificasse tal medida.
Contra decisão judicial, a via é o recurso, e será dessa forma que irei proceder, dentro do processo legal — afirmou.
Suspeição — Réu na principal Ação Penal do caso Chequinho, Anthony Garotinho arguiu suspeição do promotor de Justiça Leandro Manhães.
Na decisão, o juiz destaca que pedidos semelhantes foram feitos contra outras autoridades, como ele próprio e outro magistrado, além do promotor. Ralph Manhães também fala sobre o fato de Garotinho ter participado de audiência com o promotor, sem que sua defesa contestasse e, ainda, de ele ter sido chamado a prestar depoimento como testemunha em uma apuração a respeito do promotor, mas cuja as investigações não teriam relação com a Chequinho.

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