"Os Filhos da Pátria" mostra corrupção
- Atualizado em 12/08/2017 13:35
Atores Fernanda Torres e Alexandre Nero
Atores Fernanda Torres e Alexandre Nero / Divulgação
Dinheiro na cueca, operação Lava Jato, impeachment. A história atual brasileira cria capítulos diários de corrupção. Mas e se isso não fosse um hábito moderno? Em “Os Filhos da Pátria”, criada pelo ator e roteirista Bruno Mazzeo e dirigida por Maurício Farias, fica claro como a política do país nasceu num berço tortuoso moralmente.
O enredo da minissérie de 12 episódios começa a partir do dia oito de setembro de 1822, ou seja, no primeiro dia da independência do Brasil de Portugal. Acompanhando uma “tradicional família brasileira”, os Bulhosa, composta por Geraldo (Alexandre Nero), Maria Teresa (Fernanda Torres), Catarina (Lara Tremouroux) e Geraldinho (Johnny Massaro), o espectador vai ter a oportunidade de ver como o “jeitinho brasileiro” nasceu. Longe de maniqueísmos, a série mostra como a corrupção pode ser sedutora.
Em seu primeiro trabalho de humor na TV, Alexandre Nero disse que não sentiu dificuldade no papel. “Humor é muito minha praia. Para mim, humor é o que sobrevive a gente”, diz. E para Nero, a grande sacada da série foi ter criado um corrupto que não é bandido. “Sempre fazem dos bandidos personagens caricatos. Mas as pessoas são comuns. É um pai de família, que fala mil coisas maravilhosas, é íntegro. Mas por que ele se corrompe? Porque é fácil”, explica.
Outros papéis da sociedade muito em destaque nos dias de hoje, como a figura da feminista e do político boçal, estão presentes na trama. A filha do casal, Catarina, é contra as ordens maternas de procurar um marido para casar e, segundo a mãe, tem a audácia de querer trabalhar. “A Catarina é empoderada, ela só não sabe o nome, mas era totalmente feminista. Hoje, é impossível meus pais decidirem com quem eu namoro, mas na época era normal. E ela percebe que não precisa atender o desejo familiar de ser bela, recatada e do lar”, conta Lara Tremouroux.
A estreia na televisão está prevista para o dia 8 de setembro. (A.N.)

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