O dia 15 de agosto é de triste memória para Laura Pereira Pinto. É que, ontem, o massacre integralista fez 80 anos, em que a avó dela, Alcina, e outras 10 pessoas foram mortas na Praça São Salvador. Alcina e centenas de outros integralistas, vestindo camisa verde (símbolo do movimento) estavam concentrados para um ato político, quando a Polícia Militar abriu fogo, após, segundo versão da época, o lançamento de uma bomba de efeito moral perto do chafariz da Praça das Quatro Jornadas por um adversário dos integralistas.

A bomba foi lançada quando o estudante Celso Peçanha fazia um discurso e teria ensejado a reação da PM. Laura lamenta que a chacina nunca tenha sido devidamente desvendada. “Ninguém comenta, ninguém fala. Caiu no esquecimento. Vivemos em uma cidade sem memória”, critica ela.