Campista Lança Livro na Bienal do Rio
29/08/2017 20:43 - Atualizado em 29/08/2017 23:53
O campista Gildo Henrique lança seu livro O Segredo do Capitão Garrafa e outras histórias, publicado pelo Autografia Editora, no dia 6 de setembro próximo, no Stand P18 do Pavilhão Verde da Bienal Internacional do Livro Rio (no RioCentro), que contém narrativas sobre meados da década de 1960, tendo como cenário Tócos, 17º Distrito de Campos, além do texto integral da peça teatral de mesmo nome, levada à cena em 2011 no Teatro do Sesi/Campos, com direção de Fernando Rossi. Com capa do designer Genilson Soares e prefácio de Orávio de Campos Soares, O segredo traz ilustrações e fotografias coloridas, estas da montagem da estreia da peça.Narrativas:O Segredo do Capitão Garrafa, premiado no Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho/2010, é uma metáfora de preocupações ambientalistas, com ênfase na degradação da Lagoa Feia, a segunda maior do Brasil, ao mesmo tempo em que revela a inocência da puberdade, com um passeio entre o religioso e o profano.Tinenti revive um importante momento de transição na história do Brasil: no dia da morte de Tancredo Neves, presidente eleito e não empossado em 1985, jornalista marca entrevista com oficial do Exército Brasileiro. Enquanto aguarda o encontro, vive reminiscências do início da Ditadura militar, quando o Capitão Francisco, seu entrevistado e amigo de infância, já demonstrava sua tenência durante as algazarras próprias da garotada.Jovinha Doida é personagem marcante na localidade. Uma mulher surge, sem paradeiro e sem parentes, pelas ruas e cercanias do distrito, provocando a população com atitudes nada convencionais. Enquanto jogam sinuca, rapazes relembram fatos da velha caduca em sua juventude. Premiado no Concurso Nacional de Contos José Cândido de Carvalho/2014.Filatelia, conto escolhido para publicação pela revista Correio Filatélico da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, é uma reflexão sobre colecionadores e a busca da felicidade a partir da reunião de objetos similares, como tijolos de uma obra interminável, ao mesmo tempo em que acentua o contraste entre o camponês e o urbanóide, uma referência ao papa-goiaba e a linguagem própria da região.O cinema, a lupa e o tempo: uma casa em escombros e o reencontro com um passado em que o cinema da pacata localidade acalentava sonhos pueris. Sem dinheiro para bilhetes, a curiosidade da gurizada era o lixão no centro de um terreno e que continha preciosidades: pedaços cortados de películas cinematográficas que apresentavam problemas durante a semana.Um pé de tamarindo: Diplomata aposentado resolve voltar ao cenário de sua infância. Nunca mais consegue retornar do labirinto em torno de uma velha árvore.

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    Sobre o autor

    Nino Bellieny

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