Dragagem do canal de navegação na foz do Paraíba é aprovada no Inea
25/08/2017 19:39 - Atualizado em 25/08/2017 19:41
Onde os barcos atracavam, e profundidade do Paraíba era de cerca de três metros, hoje tudo é areia
Onde os barcos atracavam, e profundidade do Paraíba era de cerca de três metros, hoje tudo é areia / Foto: Paulo Pinheiro
O conselho diretor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) aprovou, em reunião nessa quinta-feira (24), as licenças para dragagem dos canais de navegação em Atafona e São João da Barra, que estão assoreados. A informação é do secretário sanjoanense de Meio Ambiente, Alex Firme, que aguarda a publicação da ata da reunião, para oficializar a liberação, e saber as condicionantes impostas pelo Inea.
As dragagens vão ocorrer nas proximidades da ilha do Cardoso, em SJB, e na foz do Paraíba, em Atafona. “Após a liberação das licenças, antes de iniciar a dragagem, vamos ter um intenso diálogo com a comunidade, pescadores, Colônia, nossa equipe da secretaria, representantes da secretaria de Meio Ambiente do Estado, para fazer tudo com muita responsabilidade. Nossa equipe, que tem à frente a prefeita Carla Machado (PP), está em diálogo constante com o Inea para agilizar todo processo de licenciamento”, informou Alex, lembrando que continua em andamento a construção do documento que vai nortear o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da obra de contenção do mar e recuperação da orla em Atafona.
Na foz do Paraíba do Sul, o processo de assoreamento tem prejudicado diretamente os pescadores e também empresários do ramo. Nos frigoríficos — onde os barcos atracavam para descarregar o pescado, comprar gelo, carregar a embarcação de suprimentos para o período em alto mar —, a profundidade do rio chegava a cerca de três metros. Hoje, tudo virou praia. A dragagem pode solucionar o problema, mas, por outro lado, existem pescadores que temem que a retirada da areia possa facilitar o avanço do mar sobre o Paraíba.
O blog tentou contato com Inea, por e-mail, para saber quais os próximos procedimentos para o início da intervenção, mas não recebeu um posicionamento até o momento da publicação.

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    Arnaldo Neto

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