Juiz cita má-fé e obstrução de Justiça por parte da defesa de Garotinho
02/08/2017 21:23 - Atualizado em 02/08/2017 21:46
Ralph Manhães é o responsável pela 100ª Zona Eleitoral
Ralph Manhães é o responsável pela 100ª Zona Eleitoral
Responsável pelo julgamento da ação penal na qual o ex-governador Anthony Garotinho (PR) é acusado de liderar o “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos, o juiz Ralph Manhães determinou que a defesa proceda “a imediata devolução dos autos sob pena de busca e apreensão”. Como informado pela jornalista Suzy Monteiro (Na Curva do Rio), antecipou que depois de ter ficado com o processo físico entre os dias 17 e 26 de julho, no dia 27 a defesa, por meio do advogado Antonio Carlos Ribeiro Filho, retirou do cartório, mais uma vez, os autos. O prazo para devolução terminaria nessa terça (1), as o processo continua com os advogados.
O magistrado ressaltou “a má-fé da defesa e o caráter procrastinatório, eis que os autos estão em seu poder desde o dia 17/07/17, com breve interrupção. A retenção dos autos está obstruindo a justiça de exercer as suas funções, inclusive de informação à Instância Superior”. A decisão é datada de 1º de agosto.
Em outra decisão, datada desta quarta-feira (2), Ralph registra que “a defesa se autodeferiu o prazo de mais 48 horas, para a apresentação das alegações finais, o que totalizará praticamente 20 dias com os autos fisicamente sem que tenha sido apresentadas as alegações derradeiras, o que vem impedindo este magistrado de exercer a sua jurisdição neste feito, inclusive impossibilitando de que várias informações de HC's [habeas corpus] sejam devidamente prestadas”. Ele citou, ainda, que não houve irregularidades alegadas por Garotinho. Confira:
Mais cedo foi informado que Garotinho foi visto em Brasília (aqui) que seria mais uma tentativa de ganhar prazo para a defesa na ação penal da Chequinho. Mais tarde, o blog Na Curva do Rio noticiou (aqui) que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, negou habeas corpus impetrado pelo ex-governador que pretendia suspender a ação da Chequinho.

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    Arnaldo Neto

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