O cenário violento no município de Campos, e também em cidades vizinhas, tem se tornado constante nos últimos meses. A Polícia Militar, responsável pela segurança ostensiva nas ruas, alega que segue a mancha criminal com base nos registros de ocorrência, sendo notória que a estratégia é necessária para nortear o trabalho, mas a PM também poderia estar sensível ao clamor das pessoas que nem sempre têm coragem de enfrentar uma delegacia para fazer o registro dos delitos.

Os constantes casos de violência, principalmente no litoral de São João da Barra, são provas incontestáveis da migração da criminalidade para o interior. É vereador baleado em assalto, casa de vice-prefeito arrombada, famílias reféns, dono de bar agredido e até policial ameaçado em pichação. As reações das polícias Militar e Civil ainda são pouco significativas se comparadas com a rotina de roubos e outras ocorrências. O tráfico de drogas está cada vez mais arraigado e com ele também as disputas, que resultam em tentativas e homicídios.

Quem mora, por exemplo, em Atafona sabe o que tem motivado este aumento da violência no balneário. A migração de criminosos do bairro da Penha, em Campos, para localidades como Coréia e Carrapicho resultou em uma disputa intensa por pontos de tráfico de drogas. Ainda não se tem certeza do envolvimento destes suspeitos com os assaltos ocorridos em SJB. Mas não precisa ser especialista em segurança pública para saber que o tráfico é a mola propulsora de outros crimes, quer seja como resposta à represália da polícia, ou por pessoas que assaltam para sustentar a dependência química.

Secretários de Agricultura de municípios da região estarão reunidos, hoje, às 10h, na sede do ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Campos. Será o segundo encontro do Conselho Regional de secretários de Agricultura e Pesca da Região Norte Fluminense. O presidente é o secretário de Agricultura de Campos, Nildo Cardoso, segundo o qual, constam da pauta o novo estatuto e atuação com objetivo de fortalecer o setor. Já de acordo com o engenheiro do Ministério, Carlos Café, também será discutida a cessão do prédio da Ceasa para abrigar polo de entreposto hortifrutigranjeiro.

Os estados e municípios receberam uma notícia ontem que pode ter sido um suspiro de alívio, em meio ao momento em que só se fala em crise econômica e política. O governo federal anunciou um programa de financiamento e apoio a obras e concessões, que disponibilizará R$ 11,7 bilhões em linhas de crédito para obras públicas e para financiar concessões na área de infraestrutura.

Da verba anunciada pelo governo federal, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil vão disponibilizar R$ 4 bilhões para financiar os investimentos dos grupos que obtiverem as concessões. Já R$ 5,7 bilhões virão de recursos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para investimentos em mobilidade urbana e saneamento básico. A área de mobilidade urbana terá R$ 3,7 bilhões e as obras de saneamento básico terão R$ 2 bilhões em recursos.

Os advogados de Campos receberam, no último dia 11, a visita do diretor tesoureiro da OAB/RJ, Luciano Bandeira. Em reunião no Fórum Maria Tereza Gusmão, experiências foram trocadas e as prerrogativas da categoria foram ouvidas. Num momento em que a corrupção atinge patamares alarmantes e que a morosidade da Justiça faz com que as pessoas desacreditem no Poder Judiciário, nada mais justo que a realização de ações que recuperem esse elo entre sociedade e Judiciário. Hoje, Bandeira faz visita na Justiça do Trabalho, em Campos, e também em São João da Barra.

Segundo o diretor tesoureiro Luciano Bandeira, em um ano a Comissão de Prerrogativas da OAB/RJ registrou 14 mil atendimentos por quebra de prerrogativas no Estado – uma média de 38 por dia. O dado é considerado preocupante, se imaginarmos que cada reclamação significa um cidadão lesado.