A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Rosas recebeu, na tarde dessa quarta-feira (26), o secretário municipal da Transparência e Controle, Felipe Quintanilha. Ele apresentou a auditoria realizada pela pasta e ressaltou alguns pontos que só aumentaram as suspeitas a respeito do contrato para manutenção de praças e jardins efetuados pela empresa Emec. Foram verificados aditivos com reflexos financeiros, efetuados ao apagar das luzes, ao final do governo anterior. O secretário também disponibilizou funcionários da secretaria para quaisquer esclarecimentos à CPI.

De acordo com o presidente Fred Machado, os processos de pagamento serão analisados detalhadamente pela Comissão.

— Passaremos um pente fino nesses processos de pagamento para saber realmente onde foram aplicados estes recursos públicos — informou.

A CPI investiga contrato firmado pelo governo Rosinha Garotinho (PR), entre 2011 e 2016, com a Emec Obras e Serviços Ltda, no valor total de R$ 76.150.706,73. A empresa foi contratada para manutenção civil e paisagística de canteiros, parques, praças, jardins e afins.

O valor médio do contrato teria sido de R$ 15 milhões/ano, até um pregão feito em 2016, no valor de R$ 11,45 milhões, num novo contrato de oito meses. Houve aditivo até depois da derrota nas urnas por parte do grupo político que estava na Prefeitura. A empresa ainda doou R$ 350 mil à campanha do marido da então prefeita, Anthony Garotinho, ao Governo do Estado.

Além da CPI das Rosas, uma outra, da Lava Jato, está em andamento na Câmara Municipal. Presidida pelo vereador Genásio (PSC), esta investiga contrato da Odebrecht com a Prefeitura de Campos, também durante o governo Rosinha.

O contrato, junto com os aditivos, foi o maior da história do município: quase R$ 1 bilhão para construção do conjunto habitacional Morar Feliz, carro-chefe do programa de governo rosáceo.