Servidores da Uenf e Faetec em ato por regularização de salários
Paula Vigneron 10/07/2017 12:38 - Atualizado em 10/07/2017 12:39
Manifestação de servidores da Uenf e Faetec
Manifestação de servidores da Uenf e Faetec/Paulo Sérgio Pinheiro
Servidores da rede Faetec e da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) se reuniram, em frente à sede da secretaria estadual de Fazenda (Sefaz), no Centro de Campos, para mais uma mobilização pela regularização dos salários. Os trabalhadores, com faixas e cartazes, circularam entre as avenidas Alberto Torres e José Alves de Azevedo, na manhã desta segunda-feira (10), para conscientizar motoristas e pedestres sobre a situação das instituições de ensino. Os funcionários estão há três meses sem receber o pagamento integral e sem o 13º salário.
O ato conjunto, que acontece, também, no Rio de Janeiro, visa entregar ao secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, um documento para a regularização dos salários atrasados dos servidores da Uenf e da Faetec, sem que haja distinção entre categorias, conforme afirmam os trabalhadores. Diretor do interior do Sindicato dos Profissionais de Educação da Faetec (Sindpefaetec), Jorge Henrique de Lacerda e Silva comentou que a rede possui cerca de 7 mil servidores em todo o estado do Rio de Janeiro. Eles enfrentam dificuldades devido à irregularidade do pagamento.
De acordo com o sindicalista, o documento apresentará ao secretário Gustavo Barbosa a atual situação dos salários dos funcionários e, também, sobre a ausência das verbas do governo estadual.
—Estamos desde abril sem os salários integrais e não recebemos o 13º. E estamos denunciando, também, a falta de repasse, tanto para a Uenf quanto para a rede Faetec. Sem ele, há falta de material, de produtos para laboratórios. Isso faz com que a vida acadêmica e dos alunos se torne cada vez pior. A Faetec está em uma situação tão complicada que anteciparam as férias por falta de condição de trabalhar. Anteciparam para dia 10 e prorrogaram até dia 29 de julho. Geralmente, é uma semana — explicou Jorge, ressaltando que, há quase um ano, a rede está sem as verbas.
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As últimas parcelas foram retiradas das unidades e encaminhadas, em 2016, às sedes com condições mais precárias. “Não dividiram. Eles tiraram de quem tinha para suprir as necessidades básicas dos outros”, pontuou o diretor. A realidade dos servidores da Uenf também é crítica. A universidade está desde outubro de 2015 sem receber repasses do governo estadual para garantir o funcionamento da instituição.
Membro do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais no Estado do Rio de Janeiro (Sintuperj), Maristela de Lima Dias relatou que a crise pode resultar no fechamento da instituição de ensino superior. Servidora há 15 anos, a profissional contou que nunca enfrentou esse tipo de situação na Uenf, que, com “todo o descaso do governo, se mantém entre as melhores do país”.
— A população e o governo precisam valorizá-la. É uma universidade que produz muita mão de obra qualificada. Campos dos Goytacazes se tornou um polo acadêmico de nível superior por conta da instalação da Uenf. A gente tem que lutar para manter. O governo vem, desde 2014, mostrando que não tem interesse na educação superior do estado. E a gente está vendo um desmonte do ensino público.
Para auxiliar os servidores públicos que passam necessidade, está sendo realizada uma campanha de doação de alimentos. Os doadores devem comparecer ao prédio da reitoria da universidade, que será o polo de recebimento do interior do estado do Rio de Janeiro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. A doação de cestas básicas será feita todas as sextas-feiras, a partir do dia 15 de julho, no mesmo horário. “A gente pede à população que faça a sua doação para que a gente possa, pelo menos, amenizar a situação. Há criança e idoso passando fome”, acrescentou Maristela.

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