Genialidade de Chaplin aplaudida no Cineclube
Celso Cordeiro Filho 06/07/2017 17:09 - Atualizado em 10/07/2017 11:56
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Ao fazer a apresentação de “Em Busca do Ouro”, nessa quarta-feira (5), em sessão do Cineclube Goitacá, o jornalista e poeta Aluysio Abreu Barbosa chamou a atenção para a genialidade de Charles Chaplin no filme que ele considera o mais representativo da obra do criador de Carlitos, um personagem universal. “Aliás, o próprio Chaplin considerava o seu melhor filme. Nele estão presentes cenas que marcariam o cinema para sempre e, por isso mesmo, foram copiadas por outros”, observou.
Lembrou, ainda, que “Em Busa do Ouro” foi feito em 1925, período do cinema mudo. A feitura exigiu soma considerável – cinco milhões de dólares – para a época. Em 1942, Chaplin lançou “O Grande Ditador” — sátira a Adolf Hitler — que obteve estrondoso sucesso de crítica e público. “Diante do êxito, imagino, dois anos depois resolveu então relançar ‘Em Busca do Ouro’ com narração em off do próprio Chaplin, acrescida de música. O detalhe é que compôs toda a trilha sonora e regeu a orquestra que a executa. Êxito absoluto, tanto que conquistou o Oscar de melhor música. Como se vê, Chaplin é um artista completo”, salientou.
Ao final da exibição, a plateia irrompeu em aplausos. Durante a conversa com Aluysio, a maioria dos espectadores ressaltou as qualidades do filme. “A simplicidade de Chaplin, embora sofisticadíssima, salta aos olhos. Só um gênio a conceberia e, por isso mesmo, ele é genial”, disse o professor e pesquisador de cultura popular, Marcelo Sampaio. Por sua vez, o advogado e crítico de cinema, Gustavo Oviedo, lembrou que Chaplin resistiu à entrada do som no cinema, temendo que poderia descaracterizar a linguagem cinematográfica. “Teve que se render e com sua genialidade fez filmes imortais”, acrescentou.

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