Redes sociais entram em disputa milionária por vídeos da Copa-2018
Gustavo de Abreu Carvalho 07/07/2017 15:04 - Atualizado em 07/07/2017 15:04
O Facebook, o Twitter e o Snap iniciaram uma disputa milionária para obter o direito de disponibilizar on-line vídeos de destaque da Copa do Mundo de 2018, de acordo com a agência Bloomberg.
As companhias ofereceram à 21st Century Fox Inc (dona dos direitos de transmissão no mercado dos EUA) dezenas de milhões de dólares para poderem oferecer vídeos com os melhores momentos de jogos do torneio de futebol que será sediado na Rússia.
As redes sociais estão reforçando o foco em acordos para transmissão ao vivo de eventos esportivos, já que a audiência jovem prefere cada vez mais a internet para assistir a esportes, abandonando os tradicionais serviços a cabo —a ESPN, principal canal de esportes dos Estados Unidos, perdeu milhões de assinantes nos últimos trimestres, por exemplo.
A Fox manterá seus direitos para usar os destaques da Copa do Mundo do ano que vem em todos os seus programas, informou a Bloomberg, citando pessoas familiarizadas com as negociações.
Segundo a agência, o interesse crescente das redes sociais em vídeos, incluindo de esportes, dá à Fox uma potencial nova fonte de receita para os jogos, além de uma ferramenta para promover sua cobertura.
Para as redes sociais, a Copa do Mundo é um modo de atrais anunciantes de peso. A final do Mundial do Brasil de 2014, entre Alemanha e Argentina, foi o jogo de futebol mais visto da história da TV americana, com 25 milhões de telespectadores.
Com o fuso horário entre EUA e Rússia, a maioria dos jogos vai passar pela manhã na TV americana (ou até de madrugada para quem vive na Costa Oeste, como Los Angeles). Ou seja, a demanda on-line pelos vídeos com os melhores momentos das partidas deve ser expressiva.
Nos últimos meses, as redes sociais têm aumentado as suas apostas em conteúdo esportivo. O Twitter passou vários jogos da NFL (liga dos EUA de futebol americano) na temporada passada, e a Amazon adquiriu os direitos para as partidas deste ano.
Para as TVs, no entanto, esse não é um negócio sem risco. Elas podem aumentar a procura de anunciantes e usuários para as redes sociais, cujas receitas com publicidade não para de crescer.
O Facebook, por exemplo, espera ter aumento de 39% nas suas receitas neste ano, para US$ 38,5 bilhões. No ano passado, ele já teve um faturamento superior ao da Fox.

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