A Responsabilidade de Escrever sobre o Autismo
24/07/2017 13:06 - Atualizado em 24/07/2017 13:08
Artigo de Cláudia Boechat e Luis Adriano Silva*
Passamos mais um final de semana maravilhoso com nossos príncipes, nossos amados gêmeos. Um deles autista... Lidamos com as diferenças do Autismo de forma leve e o mais natural possível. Nosso Daniel simplesmente ama viajar, conhecer novos lugares e experimentar coisas novas, desde que ele tenha controle da situação, claro.
Cheguei ao Hotel ansiosa para ler a reportagem da Revista Veja, que já sabia seria sobre o tema, e a sensação que tenho agora é de vazio. Não o meu vazio, mas sim a superficialidade da matéria. Esperava muito, para o bem ou para o mal, e nada... o Autismo é muito mais do que isso. Trataram de forma superficial e até irreal.
Óbvio que nunca conseguirão satisfazer a todos, mas para uma reportagem desse tipo, deveriam mergulhar um pouco mais profundo nesse universo, estudar/conhecer casos leves, casos graves, formas de tratamento, terapias, comorbidades, sem preconceitos.
Tenho a impressão de que vivo em outro mundo. A discussão que temos sobre Autismo em Itaperuna, no CACI, no Colégio Redentor, na UniRedentor, nas Igrejas. Temos inclusão até nas Igrejas de Itaperuna, é tão mais profunda! Tão mais completa! Qualquer pai de Autista do CACI sabe muito mais (e não só sobre o seu filho) do que foi dito na reportagem.
Mas é válido. Importante que se fale mais e sempre. Só lamento que a matéria não tenha evitado o "mais do mesmo" e não tenha se aprofundado na obtenção de mais informações e casos de um assunto que interessa a tantos.
*Claudia e Luis Adriano Silva são acima de tudo o que são profissionalmente, pais de filhos incríveis.

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    Nino Bellieny

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