Uma das profecias mais conhecidas do país é atribuída a Antônio Conselheiro: “O sertão vai virar mar”. Se fosse perto de Atafona, litoral de São João da Barra, não restaria dúvida que faltaria pouco para a concretização. Mas, antes mesmo do sertão ou do distrito sanjoanense ser totalmente levado pelas águas — o que pode acontecer, se nenhuma das medidas em análise para conter o avanço do mar for adotada —, a maior transformação foi no Paraíba do Sul. O rio virou praia. Em cinco frigoríficos, onde a profundidade do rio chegava a cerca de três metros no atracadouro, agora há somente areia. Os pneus que protegiam as embarcações de colidirem com o cais de concreto estão totalmente ou parcialmente cobertos. É prejuízo para pescadores, para os donos de frigoríficos, para todos. Apesar de todas as perdas, as histórias do Pontal deixam saudosistas até mesmo quem não conheceu o que hoje está submerso, quem não viu antes de ser coberta pelas águas a “Atlântida Tropical”.
Uma das profecias mais conhecidas do país é atribuída a Antônio Conselheiro: “O sertão vai virar mar”. Se fosse perto de Atafona, litoral de São João da Barra, não restaria dúvida que faltaria pouco para a concretização. Mas, antes mesmo do sertão ou do distrito sanjoanense ser totalmente levado pelas águas — o que pode acontecer, se nenhuma das medidas em análise para conter o avanço do mar for adotada —, a maior transformação foi no Paraíba do Sul. O rio virou praia. Em cinco frigoríficos, onde a profundidade do rio chegava a cerca de três metros no atracadouro, agora há somente areia. Os pneus que protegiam as embarcações de colidirem com o cais de concreto estão totalmente ou parcialmente cobertos. É prejuízo para pescadores, para os donos de frigoríficos, para todos. Apesar de todas as perdas, as histórias do Pontal deixam saudosistas até mesmo quem não conheceu o que hoje está submerso, quem não viu antes de ser coberta pelas águas a “Atlântida Tropical”.