Garotinho em Campos para audiência da Chequinho
27/06/2017 09:44 - Atualizado em 05/07/2017 12:44
Ponto Final
Ponto Final/Reprodução
Garotinho de volta
Menos de um mês após ter vindo a Campos, Anthony Garotinho estará de volta à sua terra natal, mais uma vez com autorização da Justiça. Desta vez, o motivo é o mesmo que trouxe o marido da ex-prefeita Rosinha ao município em fevereiro: a ação penal da Chequinho. Impedido de pisar em Campos sem autorização judicial desde novembro de 2016, o ex-governador esteve também na cidade, ao lado da ex-prefeita, no último dia 9, onde passou mais de cinco horas no Ministério Público, prestando esclarecimentos na investigação que apura indícios de irregularidades nas polêmicas obras das calçadas.
Pede para voltar
Garotinho teve até a chance de retornar no Dia das Mães, mas não apareceu na planície goitacá e preferiu continuar suas “férias forçadas” no Rio de Janeiro. Em meio a tantos recursos na Justiça Eleitoral, continua chamando a atenção a falta de combatividade de Garotinho para tentar reverter a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que o impede de voltar a Campos. Dia desses, fez questão de ressaltar em um vídeo que não pode encarar o prefeito Rafael Diniz por conta da limitação de vir à cidade. Falou isso sem bradar contra a decisão do TSE, diferentemente do que faz com tantas outras. Garotinho já avisou que hoje espera o abraço dos amigos. Mais um show particular é garantido.
“Trapaça”
O clima hoje promete ser tenso e a defesa de Garotinho tentou, mais uma vez, adiar a realização da audiência e evitar a presença dele em Campos. Ontem, véspera do interrogatório, o juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral, deu uma dura decisão, na qual aponta que a defesa do ex-secretário de Governo teria gravado clandestinamente audiências e disparou: “A briga pelo direito é legítima, mas a trapaça não pode ser tolerada”. O juiz já garantiu que medidas cabíveis estão sendo tomadas.
Charge do dia
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Ficha Limpa
A Câmara de Campos pretende colocar em pauta hoje o Projeto de Lei da Ficha Limpa, proposto pelo vereador Jorginho Virgílio (PRP). Após seguir todos os trâmites obrigatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de Campos, a proposta passou por algumas adequações, já que previa impedir a nomeação em cargos comissionados não só no Legislativo, mas também no Executivo municipal. No entanto, na Prefeitura a limitação é prerrogativa do próprio prefeito Rafael Diniz (PPS).
Barrados
Com a aprovação da Ficha Limpa, ficam impedidas de assumir vagas comissionadas na Câmara pessoas que tiveram condenações não só eleitorais, mas também por crimes ao patrimônio, abuso de autoridade, contra a vida e a dignidade sexual, entre outros. A proposta também se encaixa contra os condenados no “escandaloso esquema” da Chequinho, nas esferas eleitoral e criminal. Ontem, o Diário Oficial trouxe portarias com diversas nomeações e exonerações para assessores de vereadores. Entre os nomeados está Nalto Muniz Neto, que também é réu em ação penal da Chequinho. Caso ele seja condenado e a lei da Ficha Limpa aprovada, o assessor não poderia assumir o cargo.
Na conta
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) depositou ontem os recursos dos royalties nas contas dos municípios produtores. Os valores mantêm linha de queda, para alguns municípios, pelo terceiro mês consecutivo. Na lista, Campos recebeu, em junho, R$ 26,3 milhões da produção de abril, uma queda de 5,1%, tendo como patamar o repasse de maio, R$ 27,7 milhões. Por outro lado, o volume de recurso é superior ao do ano passado, quando, em junho de 2016, recebeu R$ 23 milhões, o que representa uma alta, agora, de 14,5%. As prefeituras devem continuar com sinal de alerta ligado. A previsão é de mais queda em julho e agosto.
Na pista
Os buracos na RJ 192, que liga São Fidélis a Itaocara, no Noroeste Fluminense, levaram moradores a tomarem uma decisão: se o Governo do Estado não faz sua parte, um grupo de moradores resolveu comprar barro, pagar um caminhão e com um carrinho de mão e pá e saiu para tapar as crateras. A rodovia já foi considerada uma das piores do estado nos últimos três anos pela Confederação Nacional de Transporte. O trecho mais precário está localizado entre os distritos de Colônia e Cambiasca.

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