STF recebe relatório com indício de crime
19/06/2017 21:55 - Atualizado em 21/06/2017 12:05
O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta segunda o relatório parcial das investigações da Polícia Federal no inquérito do qual o presidente Michel Temer faz parte. Para os investigadores, houve crime de corrupção. A conclusão leva em consideração, além dos indícios e de outras provas, duas conversas entre o diretor da JBS Ricardo Saud e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures que já foram periciadas e ajudam a reforçar os indícios de crime.
De acordo com o jornal O Globo, a PF não comentou o relatório e nem quis se manifestar. Foi pedido ainda prazo adicional de cinco dias para apresentar conclusão sobre o crime de obstrução de Justiça. Esse tempo será usado para concluir a perícia no áudio da gravação do dono da JBS Joesley Batista com o presidente Temer. A PF teria optado por ser mais cautelosa nesse ponto. O prazo inicial dado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato, foi de 10 dias. Depois, a pedido da PF, foram concedidos mais cinco dias. Agora, o ministro vai decidir se estende ainda mais o prazo.
Também nesta segunda, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF parecer contrário ao pedido de arquivamento do inquérito que tramita no contra o presidente Michel Temer na corte.
A defesa de Temer entrou com ação por calúnia, injúria e difamação contra o dono da JBS, Joesley Batista, na 12ª Vara Federal de Brasília. O motivo é a entrevista concedida pelo empresário à revista “Época”, na qual acusa Temer de chefiar “a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil”. Segundo o entrevistado, Temer não fazia cerimônia para pedir-lhe dinheiro em nome do PMDB. (S.M.) (A.N.)

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