O presidente da Câmara Municipal de Campos, Marcão Gomes (Rede), convocou nessa segunda-feira (12) a suplente Josiane Morumbi (PRP) para assumir o lugar do colega de partido Vinícius Madureira, afastado do cargo após ter o pedido de embargos de declaração negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Este é mais um capítulo da dança das cadeiras do Legislativo campista, que vive em turbulência antes mesmo do início do ano, com diversas ordens judiciais para o afastamento e retorno de vereadores envolvidos nas investigações da Chequinho.

Com a decisão, Josiane volta à Câmara menos de um mês após o retorno de Madureira, no dia 22 de maio. Com o afastamento de Vinícius, Roberto Pinto (PTC) e Magal (PSD) no início do mês passado, Morumbi chegou a ser empossada no dia 3 de maio, junto com Beto Cabeludo (PTC) e Roberta Moura (PR). No entanto, a empresária ficou no cargo por pouco tempo.

Em entrevista à Folha no dia 13 de maio, Josiane disse que não cria expectativas sobre o tempo em que vai permanecer no cargo. “Se vai ser por uma semana, dois meses. Nunca criei expectativa em cima disso, nunca parei minha vida. Eu continuo na empresa. (...) Não tem nada definitivo, por isso, nem falo sobre a operação Chequinho, que é uma investigação. Não me cabe falar nada. Enquanto isso, vou estar lá com a maior honra, de estar representando o Vinícius e o meu partido”, pontuou.

Na semana passada, os vereadores eleitos e não diplomados em dezembro do ano passado por decisão judicial, Linda Mara (PTC), Thiago Virgílio (PTC), Miguelito (PSL) e Ozéias (PSDB), tiveram um mandado de segurança aceito pelo TRE no dia 5 de junho. Com isso, o grupo foi autorizado a, finalmente, ser empossado. A diplomação dos quatro aconteceu na última quarta-feira, na Justiça Eleitoral de Campos. Havia uma expectativa de que os quatro pudessem participar da sessão da Câmara no mesmo dia, no entanto, a cerimônia de posse só aconteceu no dia seguinte. Eles entraram nos lugares de Cabo Alonsimar (PTC), Carlos Canaã (PTC), Álvaro Olveira (SD) e Geraldinho de Santa Cruz (PSDB).

Condenado — O candidato a vereador e não eleito Paulinho Camelô (PRP) é mais um condenado no “escandaloso esquema” de troca de Cheque Cidadão por votos na eleição de 2016. A decisão do juiz Eron Simas na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi divulgada nessa segunda-feira. Nele, o magistrado considera que “a sua candidatura (Paulinho) foi impulsionada por milionário esquema de compra de votos custeado pelos cofres públicos, conduta que, pela extrema gravidade, comprometeu a igualdade da disputa eleitoral e, por conseguinte, a legitimidade das eleições”. Dessa forma, o réu teve todos os 965 votos anulados e fica inelegível por oito anos. Ainda cabe recurso.