Auxiliares de serviços gerais protestam por equiparação salarial
Jane Ribeiro 27/06/2017 16:18 - Atualizado em 28/06/2017 14:31
Representantes foram recebidos pelo chefe de gabinete
Representantes foram recebidos pelo chefe de gabinete/Divulgação
Os servidores lotados na Fundação Municipal de Saúde, na categoria de auxiliar de Serviços Gerais (ASG), protestaram no início da tarde desta terça-feira (27), em frente à sede da Prefeitura de Campos, no Parque Santo Amaro. Munidos de cartazes, apitos e nariz de palhaço, cerca de 50 servidores pediram a equiparação salarial com os Auxiliares Operacionais de Saúde (AOS). Os trabalhadores das duas categorias fizeram concurso público em 2001 com o mesmo edital e salário. Com o passar do tempo, os servidores AOS tiveram reajuste que hoje acumula a diferença de R$ 700 frente aos demais. A Prefeitura diz que o orçamento está comprometido e não poderá atender a reivindicação.
Segundo Alexandre Souza, um dos manifestantes, a lei de equiparação foi aprovada pela Câmara dos Vereadores e sancionada pela ex-prefeita Rosinha no ano passado, com o compromisso de equiparar em janeiro deste ano, quando não estaria mais à frente do município.
— Várias reuniões já foram realizadas com o procurador do município José Paes Neto, que declarou legitimidade da nossa causa, mas até agora nada foi feito. Nossa categoria está hoje com um salário de R$ 1.015, enquanto que os da AOS recebem R$ 1.639 e nós exercemos as mesmas funções que eles. Auxiliar de almoxarifado, secretariado, maqueiro, auxiliar de farmácia. Além disso, eles ainda ganham insalubridade e nós não — disse Alexandre.
André Alvarenga trabalha na Fundação Municipal da Infância e Juventude (FMIJ) como secretário, mas está enquadrado na categoria dos Auxiliares de Serviços Gerais. Segundo ele, houve um erro no governo passado que tem que ser reparado.
— A equiparação salarial é um direito que nós temos e não vamos desistir. Não adianta ficar dizendo que o orçamento está comprometido que isso não vai amenizar nossa situação. Queremos o que é nosso por direito. Somos concursados e estamos em categoria inferior a que fomos convocados — disse o servidor.
Dois representantes dos servidores foram recebidos pelo chefe de gabinete do prefeito Rafael Diniz, Alexandre Bastos, que, segundo os manifestantes, informou que, apesar de saber da legalidade do direito da categoria, a Prefeitura está hoje com o orçamento comprometido em quase 54%. Ele disse ainda que a equiparação salarial iria descumprir a lei de responsabilidade fiscal. O chefe de gabinete informou ainda que o município está tentando enxugar a máquina administrativa e caso o orçamento volte a ficar nos 51% a equiparação poderá ser concedida.

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