MP realiza operação na peixaria do Mercado Municipal
Julia Beraldi 21/06/2017 14:04 - Atualizado em 23/06/2017 12:22
Ministério Público e Vigilância Sanitária fiscalizaram peixarias
Ministério Público e Vigilância Sanitária fiscalizaram peixarias / Julia Beraldi
Uma operação do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP/MPRJ), juntamente à Vigilância Sanitária, foi realizada nesta quarta-feira (21), na peixaria do Mercado Municipal de Campos para verificar a qualidade dos produtos vendidos. Na ação, foram apreendidos 30 kg de pescado que não estavam armazenados corretamente. Dois estabelecimentos foram autuados na ação.
Segundo vendedores, na ação foi estipulado o prazo de um mês para que sejam feitas modificações na maneira como os peixes são vendidos, não sendo mais permitido que o pescado fique exposto. Ainda segundo eles, foi exigida a colocação de gelos em cima dos alimentos para cobri-los, além da troca dos materiais que estão sendo usados para os impermeáveis. Caso essas mudanças não sejam atendidas, o local será interditado.
De acordo com o Ministério Público (MP), a operação ocorreu a partir do inquérito instaurado pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Campos para apurar suposta comercialização de carne e demais produtos de origem animal por estabelecimentos empresariais no interior do Mercado Municipal. O Inquérito foi instaurado em razão de notícias jornalísticas quanto às irregularidades no acondicionamento de alimentos de origem animal pelos comerciantes do Mercado Municipal.
Alguns vendedores reclamaram das exigências, alegando ser impossível fazer essas mudanças em tão pouco tempo. “Pedir melhorias é fácil, mas ninguém faz nada por nós, tivemos uma reunião na Prefeitura no dia 10 de abril e eles prometeram nos ajudar para termos condições de trabalhar e nada foi feito. Os materiais que estão sendo exigidos são caros, além do gelo que vamos ter que colocar sobre os alimentos e iremos gastar muito”, explicou o vendedor Lucas Oliveira, de 23 anos.
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Os trabalhadores ainda denunciaram o descaso com o qual o local é tratado. “Trabalhamos aqui com muita dificuldade, não temos nem água direito e ninguém conversa conosco para nos ajudar, agora querem essas mudanças em tão pouco tempo”, ressaltou Jupira Rangel, de 71 anos.
Em resposta ao questionamento da Folha, sobre as reivindicações dos comerciantes, a Prefeitura de Campos, através da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), informou que tem arcado atualmente com os custos de água e iluminação, além de cessão de um espaço do Mercado Municipal para que possa haver comercialização nos 42 boxes da peixaria.
—A Prefeitura vem realizando reuniões numa ação integrada, junto aos demais órgãos municipais, para ouvir a categoria e, dentro da possibilidade financeira municipal, promover melhorias no espaço da peixaria e do Mercado Municipal como um todo — disse.
Sobre os transtornos com o recebimento de água, a concessionária Águas do Paraíba disse não haver nenhum problema de abastecimento, "pois a área registra 18 metros de coluna de água, ou seja, o suficiente para subir numa edificação com seis andares. O que pode ser observado é que a rede interna que abastece a peixaria - de responsabilidade da Administração do Mercado Municipal - pode ser insuficiente para atender a todas as bancas, que ficam com as torneiras abertas o dia quase todo”.

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