Bacia de Campos é destaque na Brasil Offshore
20/06/2017 18:46 - Atualizado em 23/06/2017 00:51
A abertura da nona edição da Brasil Offshore foi pautada por discursos otimistas, que ressaltaram a retomada do setor de óleo e gás no Brasil. Com estimativa de 53 mil visitantes e movimentar R$ 250 milhões em investimentos, a feira desse ano, que acontece até sexta-feira (23), no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, representa um novo ciclo para o petróleo tanto para a cidade de Macaé quanto para o país. Com as novas regras para o setor de exploração do pré-sal e a agenda de leilões para os próximos três anos, a expectativa é de recuperação do mercado, com a retomada da geração de empregos. De acordo com a organização da feira, 18 mil empregos — cinco mil diretos e 13 mil indiretos, foram gerados para a realização do evento que é o terceiro maior de petróleo do mundo.
O evento também marca os 40 anos da Petrobras na Bacia de Campos. E foi com esse enfoque que o prefeito de Macaé, Dr. Aluizio, saudou a empresa na abertura do evento. "A Petrobras é uma marca que representa todos nós. A feira de 2015 foi a da superação e, a de hoje, marca os avanços do setor do petróleo. Em setembro, teremos os leilões para aquecer a economia petrolífera, que não só representa a retomada de empregos para o setor, mas de toda uma cadeia de serviços. O estado e a cidade precisam dessa recuperação para sua autoestima. Temos também uma joia que é Cabiúnas, ícone na geração de óleo e gás. A indústria do petróleo é fundamental para o Brasil e ainda representa 12% do PIB nacional. Essa é a feira da virada, da retomada, da energia e do emprego", disse Dr. Aluizio.
O gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC) da Petrobras, Marcelo Ferreira Batalha, afirmou que de forma alguma haverá interrupção do Porto de Imbetiba em Macaé.
— Na área de logística, estão em operação os seis berços do Porto de Imbetiba e quatro berços contratados no Porto do Açu, em São João da Barra. Atualmente, está sendo realizado o reordenamento das atividades portuárias entre os portos do Rio de Janeiro e de Imbetiba, em Macaé. Essa estratégia não afeta as operações offshore na Bacia de Campos e não significa a interrupção das atividades do Porto de Imbetiba. Estamos completando 40 anos da Bacia de Campos esse ano, que é responsável por 64% da produção nacional. Em 2016, a produção média mensal da Bacia de Campos fechou acima de 1,37 milhão de barris de óleo e 26 milhões de metros cúbicos de gás por dia. É a partir de Macaé que são monitorados remotamente o escoamento, a pressão, a vazão e a temperatura do óleo e gás produzidos diariamente em grande parte das unidades marítimas — pontuou o gerente geral da UO-BC que representou o presidente da Petrobras, Pedro Parente.
O secretário adjunto de Minas e Energia do Ministério de Minas Energia, João José de Nora Souto, participou da abertura da Brasil Offshore representando o ministro da pasta, Fernando Coelho Filho.
— Cabe reconhecer a grande relevância da Bacia de Campos para a indústria petrolífera nacional, com oportunidades geradas para o país e o Estado do Rio de Janeiro e que motivaram avanços tecnológicos para a exploração em águas profundas. Nesse sentido, o governo Federal e em especial o Ministério de Minas e Energia vem tomando medidas para fomentar essa importante região da Bacia de Campos, como a recente desobrigação da Petrobras de ser operadora única no pré-sal e a realização da rodada de partilhas, entre outros — informou.
Antônio Guimarães, secretário executivo do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), também lembrou que nada melhor do que estar na capital nacional do petróleo para falar de petróleo. "Quarenta por cento do petróleo do mundo foi descoberto no Brasil e 60% do petróleo no mar no mundo foi descoberto no Brasil. Essa feira antecede uma série de leilões que vão acontecer na sequência. Várias questões conseguiram avançar e outros estão em processo. Depois de cinco, seis anos, o governo estabelece uma agenda para os próximos três anos. A realização de três leilões representam 10 bilhões de barris, R$ 80 bilhões de investimentos e de 500 a 700 mil empregos, na sua grande maioria na região e para o Brasil como um todo", afirmou. (A.N.)

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