Sem festa
- Atualizado em 02/06/2017 11:32
Sem festa
No dia em que o governo Rafael Diniz completou seis meses começaram a ser divulgados os resultados das seis auditorias e um levantamento realizados nas contas do município dos últimos anos. Não há o que festejar. O rombo, segundo apurado na auditoria, é milionário. E vai exigir medidas duras para evitar que, mais à frente, Campos não passe a enfrentar situações que beirem à falência.
No vermelho
Com receita mensal de R$ 95 milhões e despesa de R$ 130 milhões, o déficit chega a R$ 35 milhões por mês. A conta não fecha, é claro. Lógico, também, que é necessário fazer cortes e logo. Mas o maior problema é saber onde cortar e como isso vai atingir politicamente o governo. Recentemente, o prefeito Rafael Diniz disse que é preciso coragem para fazer os ajustes necessários. Mas, será que todos os atores envolvidos neste processo terão?
Social x Econômico
Qualquer programa de transferência de renda deveria ser transitório. Se não é significa que aquilo que é sua destinação — melhorar a vida da população mais carente — não está atingindo seu objetivo. E aí, precisa ser pensado muito além do simples “dar” R$ 200. É necessário libertar essa população das amarras de qualquer governo e isso só se faz através de Educação e oferta de emprego.
Econômico x Social
Depois de quase três décadas de governos populistas, cuja base eleitoral está entre os mais carentes, resta saber como será a reação desta população, bombardeada cotidianamente por falsas e/ou distorcidas informações. Mais que coragem, será preciso mais paciência e estofo para aguentar as reações adversas. Na política, como na vida, é preciso unir o que se quer e o que se deve fazer e o que precisa ser feito.
CPIs em pauta
Já tramitando na Câmara, a reavaliação do Cheque Cidadão e a mudança nos critérios da passagem social vão causar um desgaste até mesmo entre a base do governo. A oposição não ficará quieta, mas também encontrará pela frente os relatórios entregues sobre os que defendem. Com as auditorias já encaminhadas ao Legislativo é certo que as CPIs das Rosas e da Odebrecht começarão a andar, já que com os relatórios não faltarão mais os subsídios para as comissões começarem a trabalhar. Os vereadores terão muito trabalho e as próximas sessões prometem ser quentes.
Dança das cadeiras
Se esta semana já tem sido bastante agitada para o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e para a Câmara de Vereadores, que vive uma enorme “dança das cadeiras” com os desdobramentos da operação Chequinho, a próxima semana promete ser ainda mais quente. O juiz da 76ª Zona Eleitoral, Heitor Campinho, encaminhou pedido de informação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se Thiago Virgílio (PTC), Linda Mara (PTC), Kellinho (PR), Miguelito (PSL), Ozéias (PSDB) e Jorge Rangel (PTB), beneficiados por um habeas corpus na Corte, podem tomar posse. Mas, essa decisão vai ficar nas mãos do presidente do TSE, o ministro Gilmar Mendes.
Decisões
Aliás, os seis tiveram nova derrota no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ontem. Por maioria dos votos, o TRE negou o mandado de segurança do grupo que pedia autorização para diplomação e, consequentemente, a posse na Câmara. Aliás, a Corte do Rio de Janeiro tem mantido coerência nas decisões, sustentando as deliberações da Primeira Instância de Campos. No entanto, todas as reversões conseguidas pelo grupo de Garotinho tem se dado em Brasília, no Tribunal Superior Eleitoral.
Quente
Para fechar a semana ainda tem a audiência de Garotinho e da ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR) ao promotor Fabiano Rangel, que apura uma suposta fraude na licitação que gerou as polêmicas obras das calçadas na área central do município no ano passado. Inicialmente, a promotoria convocou o ex-governador para prestar esclarecimentos ontem, mas Fabiano acatou um pedido da defesa para adiar a audiência, que foi remarcada para a próxima sexta-feira.
Charge do dia
Charge do dia 02/06
Charge do dia 02/06 / José Renato

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    Suzy Monteiro

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