Garotinho recorre, mas inquérito por tentativa de suborno a juiz fica na 100ª ZE
29/06/2017 10:56 - Atualizado em 29/06/2017 11:40
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não reconheceu, na noite dessa quarta-feira (28), o agravo regimental interposto pela defesa do ex-governador Anthony Garotinho (PR) contra a decisão da desembargadora Cristina Serra Feijó que, no mês passado, determinou a remessa à 100ª Zona Eleitoral (ZE) dos autos do inquérito da suposta tentativa de suborno para evitar a prisão dele. Na 100ª, sob responsabilidade do juiz Ralph Manhães, Garotinho já responde à ação penal na qual é acusado de liderar o “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos.
Durante as férias de Ralph, em novembro do ano passado, o juiz Glaucenir Oliveira assumiu a 100ª ZE e foi ele quem determinou a prisão de Garotinho, bem como a transferência do ex-governador, então internado no hospital Souza Aguiar, ao Complexo Penitenciário de Bangu. Na mesma semana, o magistrado acusou Garotinho e o filho Wladimir Matheus de terem oferecido, por intermédio de terceiros, R$ 5 milhões a pessoas conhecidas pelo juiz para evitar a prisão de ambos. Na acusação, o juiz afirmou que inicialmente foi feita uma proposta de R$ 1,5 milhão e depois de R$ 5 milhões em troca de decisões judiciais favoráveis.
Vale destacar que Wladimir não é réu em nenhuma das ações da Chequinho. À época da denúncia de Glaucenir, a defesa da família Garotinho negou as acusações e afirmou que iria representar contra o juiz pelo crime de denunciação caluniosa.

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    Arnaldo Neto

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