O prefeito Rafael Diniz (PPS) publicou um vídeo na noite dessa terça-feira (27), após a divulgação da suspensão da liminar que impedia Campos de pagar a “venda do futuro” nos termos do contrato celebrado entre o governo Rosinha Garotinho (PR) e a Caixa Econômica Federal — acima dos 10% mensais em arrecadação de royalties e participação especial (veja no
Opiniões). Rafael, que enquanto vereador esteve na linha de frente contra a liberação do empréstimo com royalties futuros, afirmou que a nova forma de cobrança é uma tragédia para Campos, podendo comprometer até mesmo o salário dos servidores. Segundo o prefeito, é mais uma “bomba” herdada da gestão passada que seu governo precisa desarmar.
Quando a Câmara aprovou a “venda do futuro”, foi amplamente divulgado que o valor máximo a ser pago pela transação seria de 10% dos royalties e participação especial. Contudo, em fevereiro deste ano, a Caixa Econômica Federal, banco que liberou o empréstimo ao apagar das luzes do governo Dilma Rousseff — no que chegou a ser divulgado pela mídia que seria a “conta” da suposta interferência do ex-governador Anthony Garotinho (PR) para que sua filha Clarissa, deputada federal, se licenciasse e não votasse a favor do impeachment — cobrou praticamente toda participação especial.
Em em janeiro, quando o município recebeu cerca de R$ 24 milhões de royalties, a fatura da Caixa foi de R$ 4,9 milhões, superior aos 10%. No mês seguinte, com cerca de R$ 35 milhões de participação especial. O banco cobrou quase R$ 35 milhões. Foi a partir daí que o município conseguiu a liminar para pagar somente 10% do arrecadado com royalties. Rafael Diniz afirma que a Procuradoria vai recorrer da suspensão.