Após MP requerer prisão, defesa de Garotinho pede suspeição do juiz Glaucenir Oliveira
02/06/2017 19:08 - Atualizado em 02/06/2017 19:35
Após o Ministério Público pedir a prisão preventiva do ex-governador Anthony Garotinho (PR) na Chequinho, a defesa, representado pelo advogado Fernando Fernandes, informou que “o promotor [Leandro Manhães] está desafiando o TSE [Tribunal Superior Eleitoral]“ e que ingressou com pedido de suspeição do juiz Glaucenir Oliveira, substituto (interino) de Ralph Manhães na 100ª Zona Eleitoral. Ao pedir a prisão, a promotoria relata que houve constrangimento a testemunhas na Chequinho e que Garotinho ultrapassou os “limites da liberdade de expressão ao estimular demasiadamente seus aliados e simpatizantes contra as testemunhas do processo, aí se incluindo o delegado [da Polícia Federal] Paulo Cassiano”. 
Segundo Fernandes, as razões constantes no pedido são uma afronta a decisão do TSE que deu liberdade de manifestação a Garotinho. “Caso qualquer autoridade local se sinta ofendido com as denúncias do ex-governador os mesmos têm o direito de representar contra Garotinho e até mesmo processá-lo. Contudo, a justiça eleitoral não é competente para proteger a honra de delegado da polícia federal”, explica o defensor.
Em novembro do ano passado, quando Garotinho chegou a ser preso na Chequinho, era Glaucenir quem estava à frente da 100ª ZE, já que o titular Ralph Manhães estava de férias. Como a Folha da Manhã mostrou (aqui) na edição desta sexta-feira (2), o caso ainda rende. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) encaminhou para a 100ª Zona Eleitoral (ZE) de Campos o processo da investigação sobre uma possível tentativa de suborno de Garotinho e do filho Wladimir Matheus (PR), a pessoas ligadas ao juiz Glaucenir para impedir a prisão do ex-governador durante o desenrolar da Chequinho.
Errei — Por alguns minutos, este blog informou que o juiz havia negado o pedido de prisão. Na verdade, a negativa na Chequinho foi com relação a outro pedido, da defesa, na ação penal que o ex-governador é réu. Quanto ao pedido de prisão, ainda não houve decisão. Aos leitores e citados, meu sincero pedido de desculpas.

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    Arnaldo Neto

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