Em pronunciamento, Temer diz: "Não renunciarei"
18/05/2017 16:18 - Atualizado em 21/05/2017 17:24
Temer durante pronunciamento
Temer durante pronunciamento / Reprodução
Em um breve pronunciamento na tarde desta quinta-feira (18), o presidente Michel Temer afirmou que não vai renunciar ao cargo. Temer pediu celeridade nas investigações, admitiu ter conversado com o dono da JBS, mas falou que nunca pediu para comprar o silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB). "Não temo nenhuma delação, nada tenho a esconder", disse Temer. "Nunca autorizei que se utilizasse meu nome".
Nesta quinta, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin homologou a delação premiada dos irmãos Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS, firmada com o Ministério Público Federal (MPF) e abriu inquérito para investigar o presidente Michel Temer.
Durante o pronunciamento, o presidente ressaltou que seu governo busca a melhoria dos indicadores econômicos no país e que as “conversas foram gravadas de forma clandestinas”. Nesta quinta, o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente.
— No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo — declarou.
O presidente ainda afirmou que nunca autorizou que se pagasse a alguém para ficar calado. "Em nenhum momento autorizei que pagasse a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém", declarou.
Temer disse que pediu oficialmente ao Supremo acesso ao conteúdo das delações, mas não conseguiu.
Ouça o áudio da conversa entre Temer e dono da JBS:

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