Sérgio Cabral desvia foco de propina para sobra de campanha
26/05/2017 08:18 - Atualizado em 26/05/2017 08:18
O ex-governador Sérgio Cabral passou a adotar, nos depoimentos, uma versão para a origem dos seus gastos com jóias para a sua mulher Adriana Ancelmo: sobra de campanha. Haja sobra, porque as jóias (caríssimas) foram muitas. O objetivo é desviar o foco de que o dinheiro é de propina.
 Sérgio Cabral fala no uso de caixa-2. Nos seus depoimentos, nega que tenha recebido propinas em obras públicas e que a doação de campanha da Andrade Gutierrez, de R$ 2 milhões (uma delas), foi feita de forma legal. É o discurso usual dos políticos.
 Cabral vai negando os subornos, mas cada vez se enrola mais. Na quarta-feira, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou nova denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-governador.
 Junto com outras nove pessoas, Sérgio Cabral é acusado de receber quase R$ 47 milhões de propina da Carioca Engenharia em troca de fraudes em licitações e superfaturamento de obras públicas. Daí que virou réu pela 9ª vez.

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    Saulo Pessanha

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