Audiência tensa em Ação Penal da Chequinho
26/05/2017 19:32 - Atualizado em 26/05/2017 20:08
Aconteceu, na última quinta-feira, mais uma audiência do caso Chequinho. Desta vez, na Ação Penal que tem como réus os vereadores eleitos e não diplomados Ozéias (PSDB) e Miguelito (PSL) e a ex-secretária municipal de Desenvolvimento Humano e Social Ana Alice Alvarenga e a ex-coordenadora do Cheque Cidadão, Gisele Koch. Os quatro chegaram a ser presos durante a operação Chequinho, ano passado.
Desta vez, a oitiva foi das testemunhas de defesa. Sete foram ouvidas e negaram conhecimento sobre quaisquer irregularidades na distribuição do Cheque Cidadão.
A audiência teve vários momentos de tensão e, por várias vezes, o juiz Ralph Manhães teve que chamar a atenção dos advogados, dizendo que o local não é próprio para discursos políticos.
Ralph também negou pedido da defesa sobre reexame de decisões anteriores, como o adiamento de todas as audiências já marcadas, a determinação de não uso de celular dentro da sala de audiências e o sigilo das gravações dos julgamentos.
O juiz também reagiu com veemência ao que, para um leigo, poderia parecer uma tentativa da defesa de intimidar o magistrado e o MP: No momento dos requerimentos, o advogado informou ao juiz que a defesa estuda representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em função da condução coercitiva da testemunha Verônica Ramos Daniel e requereu que Ralph Manhães "se abstenha de praticar tais atos novamente". Ainda sobre Verônica, disse que o juiz deveria ter extraído cópias para apurar abusos que teriam sido denunciados por ela. E afirmou que o juiz estaria conduzindo o processo de forma parcial.
O magistrado respondeu: "Tudo isso já foi apreciado e negado. O senhor está fazendo discurso político aqui? Vou extrair cópias (...) em relação ao que Verônica falou: Que é analfabeta, que prestou depoimento não sabe a quem, uma pessoa paga por pessoas... levada ao Rio de Janeiro... Então, ao final a gente pode determinar a extração de peças para propor uma Ação Penal, se assim entender o Ministério Público, para averiguar, em tese, se há crimes cometidos naquela situação".
Ela foi levada a depor na audiência do dia 9 de maio último, que tem Anthony Garotinho como réu, pela Polícia Federal como testemunha do Juízo, o que é permitido pelo parágrafo 1º, do art. 209 do CPP. (lembre aqui).
Acompanhe todos os vídeos da audiência no Folha 1.

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    Suzy Monteiro

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