Ponto Final: E abril? E o 13º?
12/05/2017 11:37 - Atualizado em 12/05/2017 11:37
E abril? E o 13º?
Ontem, o Governo do Estado anunciou que pagará o salário referente ao mês de março de todos os servidores estaduais. A notícia fez acender uma esperança para os 950 funcionários da Uenf, que também receberam a promessa de Pezão de equiparar a data do pagamento dos servidores da Ciência e Tecnologia aos da Educação. Isso vale a partir deste mês trabalhado, mas que se pagará em junho. No entanto, como fica o atrasado referente ao mês de abril? Além disso, e o 13º salário de 2016 que também não foi pago? Pelo visto, servidores da Uenf ainda terão que se desdobrar como podem, principalmente com as dívidas.
Fornecedores
Aos servidores não restado outra alternativa a não ser usar o jogo de cintura para driblar suas dívidas, assim como tem feito a própria Uenf com os seus débitos, em torno já de R$ 16 milhões. O reitor da universidade Luis Passoni chegou a dizer, em entrevista, que a empresa que fazia a vigilância dos prédios da Uenf não aguentou e pulou fora. Já a responsável pela limpeza continua, a base de conversas, mas a qualquer momento pode romper o contrato. E Passo já avisou: “O dia que ela parar de trabalhar, em uma semana a gente já não tem mais condições de funcionar”. Será preciso isso acontecer?
Bolsistas
Quem também aguarda que a promessa de Pezão seja cumprida são os alunos bolsistas da Uenf, que passarão a amargar três meses de atraso em seus benefícios. Eles sequer sabem quando receberão os seus atrasados, já que isso depende não só da aprovação do Plano de Recuperação Fiscal, mas também de votações na Alerj que permitam a sua execução. Para estes restam ainda só a promessa que passarão a receber em dia, a partir de junho. No entanto, a falta do benefício é só um dos inúmeros problemas enfrentados por eles na universidade.
Defesa de quem sabe
Durante julgamento, ontem, no Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Herman Benjamin, fez uma ampla explanação em defesa do trabalho dos juízes eleitorais. Ao elogiar a sustentação oral do advogado Fernando Fernandes, “sempre muito vibrante” , Herman destacou que o tribunal deve ter a cautela de evitar demonizar quem não pode estar lá presente – juiz de primeira instância: “Uma coisa é atacar a decisão. Outra coisa é querer transformar o juiz em um marginal da lei”. E concluiu: “é importante que se saiba que este tribunal não permite que os recursos se transformem não em peça de defesa, mas de acusação ao juiz”
Vá explicar...
Inegável o trabalho firme e decisivo que vem sendo desenvolvido pelo Ministério Público Eleitoral e pela Justiça Eleitoral, em Campos. De maneira célere e transparente, os dois órgãos vêm atuando no que já se configura como um dos maiores escândalos eleitorais da história do município. Porém, como explicar o afastamento do juiz Eron Simas do caso? Burocracia? Rotina? Em uma situação como esta, com incontáveis recursos e o número elevado de Aijes, retirar, no meio do processo, um juiz que assumiu as investigações desde o início deveria ter sido ponderada. Ainda mais, que foi retirado, para voltar, o que não causou surpresa.
Falha
Na esfera penal, outra decisão teve recuo: As prisões domiciliares de Linda Mara Silva e Thiago Ferrugem. Eles ficariam presos até que fossem colocados aparelhos de monitoramento eletrônico. Porém, os órgãos responsáveis não forneceram tornozeleira eletrônica e o juiz Ralph Manhães tomou a decisão de revogar as medidas cautelares, para não causar prejuízo aos réus. A mesma decisão já tinha sido tomada, anteriormente, com outros condenados. Se o estado não pode arcar com sua parte, como dar continuidade aos trabalhos sem prejuízo à própria Justiça?
Lenta
Na contramão do que vem ocorrendo na esfera eleitoral, a Justiça continua dando exemplos de lentidão, como é o caso do assassinato brutal do presidente do instituto Mão Amiga, Adriano Ferreira Machado. Desde terça-feira, dia seguinte ao crime, o delegado identificou os suspeitos e pediu a prisão preventiva. Até agora, não houve uma decisão por parte da Justiça, apesar de toda comoção em Campos.
Boa ação
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos entrega hoje, às 8h30, cestas básicas para sete entidades sociais. O material foi adquirido com o dinheiro arrecadado na bilheteria da 29ª Feira de Preços Especiais (Fepe), que aconteceu entre os dias 6 e 9 de abril. A entrega será na CDL.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Sobre o autor

    Suzy Monteiro

    [email protected]