Lauro Jardim: Delação de Jonas Lopes é base para nova operação da PF
15/05/2017 14:52 - Atualizado em 15/05/2017 15:40
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O jornalista Guilherme Amado publicou na tarde desta segunda-feira (15), no blog do Lauro Jardim (aqui), hospedado em O Globo, que a Polícia Federal vai deflagrar mais uma fase da operação O Quinto do Ouro, a que prendeu conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com a publicação será “descortinado mais um capítulo da delação de Jonas Lopes, o ex-presidente do TCE que levou os colegas à cadeia”.
Além do ex-presidente do TCE, quem também firmou acordo de delação foi o filho dele Jonas Lopes de Carvalho Neto. Os depoimentos envolvem, além de conselheiros do TCE, políticos e empresários. Não se sabe o teor de toda colaboração premiada, mas a expectativa é que o conteúdo seja explosivo, o que justifica o título da nota de Amado: “Rio de Janeiro, tremei”.
Na edição desta segunda, a Folha da Manhã trouxe matéria (aqui) sobre o paradeiro de Jonas Lopes. A publicação observa que pai e filho foram autorizados pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a deixar o país por 40 dias, após fechar acordo de delação. O processo segue em segredo de Justiça, mas o prazo para o retorno de Jonas estaria próximo do fim.
Em dezembro do ano passado, pai e filho foram alvos da Lava Jato. Os dois foram conduzidos coercitivamente à Polícia Federal. Além disso, foram feitas buscas no escritório de advocacia de Jonas Neto, que defendia, entre outros políticos da região, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) em diversas ações. 
O ex-presidente do TCE foi indicado ao órgão pelo então governador Garotinho, em 2000. Advogado formado pela Faculdade de Direito de Campos e filho do criminalista Jonas Lopes de Carvalho, já foi procurador-geral da Prefeitura de Campos e presidiu o TCE entre 2011 e 2016, período das obras para a Copa do Mundo e Olimpíada. Ele também foi responsável pela fiscalização de todos os municípios fluminenses, com a exceção do Rio de Janeiro. Daí o potencial de sua delação ser considerado tão explosivo. Contudo, nomes citados por Jonas apontam que ele teria poupado velhos aliados. 

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    Arnaldo Neto

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