Mãe, um presente de Deus...
15/05/2017 09:27 - Atualizado em 24/05/2017 16:48
“Os rios não bebem sua própria água; as árvores não comem seus próprios frutos. O sol não brilha para si mesmo; e as flores não espalham sua fragrância para si. Viver para os outros é uma regra da natureza. (...) A vida é boa quando você está feliz; mas a vida é muito melhor quando os outros estão felizes por sua causa". Papa Francisco.
Beth e Elza Landim
Beth e Elza Landim / Beth Landim
A minha mãe, Elza, é o reflexo destes dizeres do nosso Papa.
Este ano, você nos ensinou mais uma vez, com toda a sua firmeza e paciência, ao enfrentarmos juntos o tratamento de saúde de papai. Sua fé, sua esperança, sua tranquilidade em não perder o humor e a graça da vida. Sua disponibilidade e desprendimento, sua coragem sempre silenciosa, mas vista escandalosamente nos seus atos, nos fizeram pessoas melhores, nos mostram que a luta, seja ela qual for, vale a pena e que nunca devemos desistir... Aliás, desistir é uma palavra que você não conhece, pois você persiste na adversidade e sempre com a calma e tranquilidade que lhe são peculiares.
Na invisibilidade visível ao coração, minha mãe está presente em todos os segundos da minha vida... No silêncio ou na ausência física, sua presença é totalmente perceptível em minha consciência, através dos seus conselhos, dos seus ensinamentos, do seu exemplo de vida, do equilíbrio das atitudes, do seu discernimento e disponibilidade, do seu silêncio que nos fala muito alto SEMPRE... Na sua tranqüilidade do dia-a-dia, seja nos dias difíceis ou na alegria... Na sua disposição em nos acompanhar para qualquer programa de lazer ou trabalho, ela nunca nega um chamado ou convite, indo sempre além das nossas expectativas...
Mãe, te admiro muito! Quero sempre poder seguir os teus passos! Meu amor por você é incondicional! Você tem a capacidade de adivinhar meus sentimentos, de encontrar a palavra certa nos momentos incertos, de nos fortalecer sempre... Sua existência é em si um ato de amor. Gerar, cuidar, nutrir. Amar, amar, amar... Amar com um amor incondicional que nada espera em troca. Sua honradez nos enobrece e nos faz ser aprendizes da vida. Uma vida vivida em profundidade de princípios e valores! Isto é o que você sempre nos passou e nos passa, através de seus exemplos e atitudes. Uma mãe que me ensinou tão bem o sentido de ser filha e me preparou para ser mãe... pois sua liberdade de pensamento, sua conversão aos novos tempos e conceitos nos aproximam sempre... Muito mais do que mãe, você é parceira, amiga de todas as horas... Uma mãe que conquistou a nossa admiração e amor, no exercício de uma educação que tem limites, mas que não limita e cerceia as diferenças de cada um de seus filhos...
Assim é você, mamãe! Exemplo de Mulher, de Mãe e de Honradez! Você nos agasalha sob as suas asas... sua luz nos ilumina, seu carinho e sua firmeza se transformam em energia transformadora para multiplicarmos em nossos lares o seu exemplo de amor... Mais que dar à luz é SER luz na vida de alguém. Não é impor cuidados, nem pôr-se ao centro onde o universo gira. Ser mãe não é pastorar proles, é cultivar talentos, e talentos crescem quando lhes é dado pulso, criatividade e amor. Ser mãe é ter o gesto seguro que limita as ofensas que praticamos contra o bom senso. É ter o colo que se anseia por entre os crepúsculos de nossa existência, e isso você faz com maestria! Desde pequena, ouço dizer que as mães têm um sexto sentido, mas acho que ainda é pouco. Ao observar o espírito de luta, a garra, a sabedoria, a santa teimosia de minha mãe e tantas outras mulheres que exercem a maternidade, ouso dizer que elas têm: oito, nove, dez... doze sentidos. Praticamente, um especial para cada filho. Não sei como fazemos, eu só sei que fazemos. Como filha e mãe fico encantada ao constatar que arranjamos tempo para tudo e conseguimos chegar ao fim do dia, cansadas, mas felizes e com vontade de fazer ainda mais.
A isso, se chama amor e esta garra se chama graça da maternidade. Segundo Padre Zezinho “a maternidade é tão divina que poetas jamais saberão descrever, escritores jamais saberão analisar e, por mais que o desejem, os filósofos não sabem destrinchar. Assim no exercício da maternidade, podemos dizer que a mulher se glorifica”. Então, mãe, o que falar pra você neste dia? Pois você é tudo... E para você as palavras são pequenas, os gestos de carinho são poucos, diante de seu amor incondicional de Mãe. Com você, experimento o amor profundo, enxergo com a alma e com o coração, sinto o verdadeiro sentido da bonança! Você, com toda a sua sabedoria, nos ensina sempre, mesmo no silêncio, que a paciência do tempo nos auxilia a enfrentar os contratempos, e a transformar sempre a dor em amor. Este é o legado que você nos deixa sempre... Pois a esperança faz morada em seu ser e os sonhos continuam cada vez mais vivos em sua vida, refletindo em nós, seus filhos e netos que tanto a amamos. Seu nome ELZA significa “águas profundas”, e lhe cai tão bem, pois você não convive com a superficialidade, mas com as profundezas dos sentimentos e da doação.
Agradeço por tanto aprendizado, e hoje vejo refletir na minha maternidade, seus exemplos. Exemplos que desdobrei com Rafaela, Juliana e Carolina, que tanto me ensinam, me ajudam a ser uma pessoa melhor, me fazem sentir o encantamento da vida e o amor mais puro, sincero e visceral, o amor que através de um simples olhar, um cheiro, um colo... nos traz uma felicidade indescritível.
Parabenizo a todas as mães pelo seu dia e agradeço, ainda, a presença de Ir. Suraya Chaloub em nossas vidas, um verdadeiro exemplo de maternidade espiritual para todos nós.
Com afeto,
Beth Landim

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    Elizabeth Landim

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