CPIs dizem a que vireram ex-rosáceos na base de Rafael
27/04/2017 10:42 - Atualizado em 06/05/2017 16:20
Abdu ainda de fora
Depois das CPI das Rosas, a da Lava Jato já tem assinaturas suficientes para ser aberta na Câmara, inclusive com nomes que já estiveram na base do governo Rosinha Garotinho (PR), prestes a ser investigado por sua relação com a Emec e Odebrecht. Mas ainda há resistência, sendo a do vereador Abdu Neme (PR), a mais evidente e questionada, inclusive, nos bastidores por outros colegas.
Genásio quer conversar
Como mostra matéria na página 2 desta edição, com 15 nomes garantidos, Genásio pediu ao presidente do Legislativo dois dias para conversar com os demais colegas, mesmo os fora da bancada governista. Segundo ele, será uma forma de dar uma oportunidade de todos participarem. Mas a aposta nos bastidores é que, pelo histórico de Abdu Neme (PR), o discurso de Genásio entra por um ouvido e saia pelo outro.
Inconstância
Esta mesma coluna, no dia 30 de março deste ano, já previa o que até o momento se confirma com a ausência de Abdu nas CPIs: sua inconstância política. Eleito pelo PR, dentro do grupo de Garotinho, ele já usou a tribuna nesta gestão para dizer que o prefeito Rafael assumiu uma “cidade praticamente destroçada sob o ponto de vista financeiro e administrativo”. No entanto, quer se isentar da responsabilidade de investigar o que pode ter levado a este caos.
Histórico
Hoje na base de Rafael e na mesa diretora da Câmara ao lado de Marcão Gomes, a quem ajudou eleger, Abdu pode até alegar constrangimento em apontar o casal Garotinho, afinal, o rompimento e reaproximação com o grupo político dos ex-governadores já constam no currículo do vereador, que passou ainda pela base do ex-prefeito Alexandre Mocaiber, antes de voltar para o reduto do “prefeito de fato” Anthony Garotinho, e agora pular do barco para o de Rafael, mesmo que ainda hesitante.
Joilza defende Aserp
Além da CPI da Lava Jato outro assunto que dominou a sessão de ontem na Câmara foi a extinção da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Aserp), seguindo o parecer da CCJ. A parte mais polêmica e quente da discussão aconteceu quando a vereadora Joilza Rangel (PSD), que chegou a ser nomeada no apagar das luzes do governo Rosinha para presidir a agência, defendeu seu voto contrário à extinção, dizendo que “estavam passando por cima da Lei Orgânica do município”.
“Mamarem na teta”
O que talvez Joilza Rangel não esperasse fosse um contra-ataque tão direto do vereador José Carlos (PSDC) ao justificar seu voto favorável à extinção. Ele disse que a Aserp foi “criada para colocar pessoas para mamarem na teta do governo” e ironizou ao citar que “a vereadora Joilza estava defendendo a agência, porque ela foi integrante. Saiu e deixou o marido em seu lugar, que ganha uma mixaria de R$ 10 mil por mês”.
TRE arquiva sindicância
A Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) arquivou, ontem, a sindicância aberta a pedido do ex-governador do Rio Anthony Garotinho contra o juiz Glaucenir de Oliveira. A Amaerj se manifestou na ocasião em defesa do magistrado. Glaucenir determinou a prisão de Garotinho na Chequinho e, posteriormente, sua transferência hospitalar para a UPA do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, porque ele estaria desfrutando de regalias no Hospital Souza Aguiar.
Reforma aprovada
Depois de muitos protestos da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem, por 296 votos a favor e 177 votos contra, o projeto de lei que trata da reforma trabalhista. O projeto altera mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre as alterações, a medida estabelece que nas negociações trabalhistas poderá prevalecer o acordado sobre o legislado e o sindicato não mais precisará auxiliar o trabalhador na rescisão trabalhista.
Charge do dia 27-04-2017
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