Justiça de olho em nepotismo
22/04/2017 11:23 - Atualizado em 26/04/2017 16:06
Família, família
A lista de políticos fluminenses dedicados à família é longa. Em Cabo Frio, por exemplo, o prefeito exonerou a mulher, o sogro e o cunhado, que ocupavam cargos diversos da administração municipal. Agora o Ministério Público pede exoneração, por nepotismo cruzado, dos pais de um vereador da chapa de Marquinhos Mendes e que eram nomeados em cargos públicos municipais. Já em Itaguaí, o Ministério Público recomendou a exoneração da secretária de Educação, Andreia Busatto, mulher do prefeito Charlinho Busatto (PMDB), e da secretária de Esportes, Erika Yukiko Muraoka de Souza, filha do vice-prefeito.
E mais...
Em Casimiro de Abreu a Justiça também teve que intervir, obrigando o prefeito Paulo Dames (PSB) a demitir sua secretária de governo, Érica Dames. E ano Rio, Marcelo Crivella (PRB) continua insistindo na competência do filho, Marcelo Hodge Crivella, para ocupar a Casa Civil do município. Além de ter recebido salário, o rapaz também estava no palco do evento de prestação de contas dos primeiros 100 dias de governo, como se secretário fosse.
Primeiro-marido
Esta semana, a Justiça, por duas vezes, proferiu decisões contra nomeações de parentes de prefeitos e vereadores em cargos públicos. Um exemplo é o caso de Araruama. Chico da educação, marido da atual prefeita de Araruama, Lívia de Chiquinho (PDT), foi proibido pelo juiz Maurilio Teixeira de Mello Júnior, de entrar proibido de entrar entre na sede da prefeitura ou em outro órgão municipal da cidade. O Ministério Público argumentou que Chiquinho agia como se fosse o prefeito de fato, o que inclusive levou a Justiça Eleitoral a cassar o mandato da prefeita.
Prefeito de fato
Em Campos, até ser preso pela Polícia Federal, Anthony Garotinho (PR) era secretário de Governo da mulher, Rosinha. Inclusive, na decisão que o levou à prisão, em 16 de novembro passado, o juiz Glaucenir Oliveira, destaca que Garotinho agia como “prefeito de fato” no município. Além disso, a prefeita tinha em seu staff primos do marido, como Chicão Oliveira, vice-prefeito, e Henrique Oliveira, então secretário de Defesa Civil. No começo do primeiro mandato de Rosinha, o MP chegou a contestar várias nomeações, mas a informação da prefeitura era que, em cargos de confiança era permitido.
Efeito
A dona de casa que pensou que a prisão do presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás de Cozinha (Singacerj) em Campos e de proprietário de revendas de uma grande fornecedor da região, por formação de cartel, fosse atenuar o preço do gás de cozinha se enganou. Quem comprou o bujão esse mês teve que amargar R$ 60 do bolso. Durante a atuação do cartel, o preço variava entre R$ 40 e R$ 50, mas para a indigestão dos consumidores o efeito foi contrário ao que o promotor Fabiano Rangel, quando disse que a manobra restringia ofertas e tornava o produto mais caro. Ainda não se sabe o por quê.
Baleia Azul
O desafio da Baleia Azul tem tomado proporções preocupantes no país e já há suspeita de casos de tentativas de suicídio ligados ao jogo no Rio de Janeiro. O Disque-Denúncia recebeu 10 informações sobre o desafio e as encaminhou à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) para que sejam investigadas. As primeiras denúncias foram recebidas pela Central de Atendimento no dia 6 de abril. O jogo propõe desafios macabros aos adolescentes, como bater fotos assistindo a filmes de terror, automutilação, ficar doente e, na etapa final, cometer suicídio.
Prazo
Termina em 2 de maio o prazo para o eleitor, que não votou e não justificou a ausência nas três últimas eleições ou não pagou as multas correspondentes, regularizar sua situação perante a Justiça Eleitoral. Após essa data, os eleitores nessa condição que não estiverem regulares, correm o risco de ter o título cancelado. De acordo com levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em todo o país, quase dois milhões de eleitores estão com seus títulos irregulares por ausência nas três últimas eleições.

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