Linda Mara em prisão domiciliar
Aldir Sales e Arnaldo Neto 27/04/2017 10:26 - Atualizado em 30/04/2017 15:43
Em mais um desdobramento da Chequinho, o juiz da 100ª Zona Eleitoral, Ralph Manhães, decretou, na noite dessa quarta-feira (26), a prisão domiciliar da vereadora eleita e ex-secretária particular da ex-prefeita de Campos Rosinha Garotinho, Linda Mara Silva (PTC), além de outras medidas cautelares contra os também vereadores eleitos e não diplomados Thiago Virgílio, Jorge Rangel (PTB) e Kellinho (PR), todos investigados no “escandaloso esquema” que apura a troca de Cheque Cidadão por votos na eleição municipal do ano passado.
De acordo com a decisão, o magistrado considera que “existe o risco de que os réus venham a se utilizar das suas funções e cargos para influir negativamente na instrução criminal”. Todos eles também ficam proibidos de deixar a Comarca por mais de oito dias sem autorização, de manter contato com as testemunhas do processo e de entrarem na Câmara de Vereadores, além de terem o mandato suspenso até o final do processo.
Sobre a prisão de Linda Mara, Ralph Manhães destacou que a vereadora não diplomada “foragiu quando da decretação da sua prisão temporária, participando, inclusive, de trama para que houvesse a gravação forjada de áudio de testemunha da peça policial em questão, e ainda recebeu e repassou ordens para destruição de provas”.
Linda Mara teve a prisão preventiva decretada no início da Operação Chequinho II, no dia 26 de novembro do ano passado, e ficou foragida por cinco dias, até ser presa pela Polícia Federal em Copacabana, no Rio de Janeiro, junto com a ex-secretária de Desenvolvimento Humano e Social Ana Alice Alvarenga e a radialista Beth Megafone.
Chegada de Linda Mara à delegacia da PF em 2016
Chegada de Linda Mara à delegacia da PF em 2016 / Rodrigo Silveira
Sentenças — Mais três candidatos a vereador não eleitos acusados de participação no “escandaloso esquema”, Paulo Henrique PH (PTC), Kelynho Povão (PHS) e Heloísa Rocha (PR), foram condenados a oito anos de inelegibilidade, tiveram seus registros cassados e os votos anulados. A decisão de primeira instância é do juiz Eron Simas e cabe recurso. No total, já foram 18 condenados, entre eleitos e suplentes.

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