Bacellar de volta e ao velho estilo
Suzy Monteiro 26/04/2017 10:07 - Atualizado em 27/04/2017 13:25
Antônio Leudo
Câmara / Antônio Leudo
Antes da primeira sessão após ser empossado, o vereador Marcos Bacellar (PDT) usou a tribuna da Câmara para falar sobre seu retorno e os meses de angústia até ser diplomado, na quinta-feira passada, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O parlamentar afirmou que as “amarras jurídicas” impostas a ele foram “obra e graça do senhor do Anthony Garotinho e de seu capachão Thiago Godoy... Não tem problema: Quem faz aqui, paga aqui”, completou o vereador, em referência aos processos sobre a Chequinho, que Godoy e Garotinho também são réus e que já levou à condenação de 15 pessoas. Logo após discursar, Bacellar, que estava emocionado, pediu para se ausentar. O restante da sessão ocorreu em clima calmo. Nos bastidores, porém, a expectativa gira em torno da coleta de assinaturas para a CPI da Lava Jato, que ainda não tem número suficiente para ser instaurada. Os vereadores do chamado G5, cujo grupo deve ser oficializado na sessão dessa quarta-feira (26), só irão assinar depois dos demais membros da bancada governista.
Com o plenário cheio de militantes, familiares do vereador e políticos da região, como o prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, Roberto Tatu (PR), o vice-prefeito de Cardoso Moreira, Renato Jacinto (PSDB), além de vereadores de vários municípios, Bacellar dirigiu-se aos filhos, especialmente os menores. E lembrou que eles esperaram a diplomação em dezembro, o que não aconteceu porque houve uma ação do também candidato e ex-subsecretário de Governo, Thiago Godoy, contra ele:
— Ele (Garotinho) me prejudicou muito. Godoy vai assumir o cargo, mas vai sair. Não torço por isso não. Mas é a realidade — disse Bacellar, que irá compor a base governista: “Já conversei com o prefeito, mas, o que estiver errado vou falar”. Por recomendação médica do vereador Abdu Neme (PR), muito emocionado, Bacellar não participou da sessão, sendo “dispensado” pelo presidente Marcão Gomes (Rede).
CPIs — As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) das Rosas e Lava Jato não entraram em discussão dessa terça. A das Rosas, que investigará contrato da empresa Emec Obras e Serviços Ltda com a Prefeitura de Campos na gestão anterior, no valor total de R$ 76.150.706,73, para manutenção civil e paisagística de canteiros, parques, praças, jardins e afins, tem número de assinaturas suficiente desde semana passada. Já a da Lava Jato ainda não conseguiu avançar. De acordo com o presidente do Legislativo, Marcão Gomes, o autor do requerimento, vereador Genásio (PSC), está indo a cada gabinete coletar as assinaturas.
Marcão já havia dito que vai esperar o Legislativo estar completo para abrir a CPI. A expectativa é que na próxima semana sejam empossados Beto Cabeludo (PTC), Josiane Morumbi (PRP), Roberta Moura (PR) e Thiago Godoy (PR). Eles entram nas vagas que eram ocupadas por Roberto Pinto (PTC), Vinicius Madureira (PRP), Jorge Magal (PSD) e Thiago Ferrugem (PR), afastados pela Justiça.
Grupo — Nesta quarta deve ser oficializado o chamado G5, composto pelos vereadores Silvinho Martins (PRP), Jorginho Virgílio (PRP), Enock Amaral e Marcelo Perfil (ambos do PHS) e Igor Pereira (PSB). O líder do grupo, que irá compor a base de sustentação do governo, é Silvinho, que protocolou, nessa terça, na Câmara a formação do grupo. Os vereadores do G5 ainda não assinaram a CPI da Lava Jato, embora tenham sido os primeiros a validar a das Rosas: “Vamos assinar, mas depois de toda base governista assinar. Ainda temos que analisar a documentação”, explicou o líder do bloco.

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