Após delação, os Garotinho vão buscar foro privilegiado?
25/04/2017 09:55 - Atualizado em 26/04/2017 13:16
Divulgação
Casal Garotinho / Divulgação
Citados em delações de executivos da Odebrecht, na Lava Jato, o casal Garotinho pode disputar cadeiras nas eleições de 2018. A hipótese repercutiu, inclusive, na coluna Expresso, do jornalista Murilo Ramos, e replicada no blog do jornalista Saulo Pessanha, hospedado no Folha1.
Os planos para as eleições de 2018 passam por uma candidatura de Rosinha ao Senado, enquanto Garotinho buscaria uma vaga na Câmara dos Deputados, tendo a companhia de Clarissa, filha do casal e que tentará a reeleição. Atualmente, Clarissa está licenciada da Câmara e é secretária municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação da Prefeitura do Rio.
Murilo revela que Garotinho e Rosinha vão em busca de foro privilegiado. “Ambos foram citados nas delações da Odebrecht como beneficiários de R$ 9,5 milhões de recursos da empreiteira nas três últimas eleições”.
Delações — O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Justiça do Rio de Janeiro, no último dia 12, as citações ao ex-governador Anthony Garotinho feitas por delatores da Odebrecht. Caberá à primeira instância da Justiça decidir se abre inquérito para investigar os fatos. Garotinho não tem cargo público e, portanto, não tem mais foro privilegiado, assim como Rosinha, também citada. As investigações, caso aconteçam, serão na Justiça comum,
Ao prestar depoimentos nos acordos de delação premiada, os ex-executivos da empreiteira Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Leandro Azevedo afirmaram que Garotinho recebeu dinheiro de caixa dois para a campanha dele ao governo do estado em 2014.
O delator disse, ainda, que mantinha relação próxima ao ex-governador do Rio e que, por isso, tratava das negociações sem burocracia. “Presenciei, algumas vezes, Garotinho telefonando para os secretários da Fazenda do Município durante a gestão de Rosinha em Campos (…) e pedindo que tivéssemos preferência na regularização dos pagamentos em atraso”, diz trecho da delação. (S.M.) (A.N.)

ÚLTIMAS NOTÍCIAS