"Barbie" passava informações do BNDES
22/04/2017 11:00 - Atualizado em 23/04/2017 12:44
Segundo ex-executivos da Odebrecht, a empresa pagou propina para ter acesso a documentos sigilosos e influenciar em decisões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Câmara de Comércio Exterior (Camex). A delação foi feita ao Ministério Público Federal. A empresa também atuava para tentar definir políticas econômicas que a interessava, como a criação de um banco de fomento às exportações.
Os delatores Fernando Reis e Antônio de Castro afirmaram que a ex-funcionária do Banco Central e da Camex Maria da Glória Rodrigues fazia o meio-campo da empreiteira com câmara. Mesmo fora dos órgãos públicos, ela continuava mantendo influência e atuando como uma espécie de consultora da Odebrecht nas questões de créditos para exportação. Nas planilhas de propina, ela recebeu o apelido de “Barbie”.
Reis conta que em 2006 ela tinha um “crédito” de R$ 10 milhões para receber de forma parcelada da Odebrecht. Além de valores por sua consultoria, seus pagamentos estavam associados a uma taxa de sucesso dos projetos da Odebrecht na Camex. (A.N.)

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