Fátima Pacheco prega governo responsável
Suzy Monteiro 13/04/2017 10:20 - Atualizado em 13/04/2017 13:42
Responsabilidade, parceria e transparência. Estes são os três ingredientes básicos, de acordo com a prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco (PTN), para vencer os desafios dos primeiros 100 dias de seu governo. Ao lado do vice-prefeito Marcelo Batista (PMDB) e do secretariado, Fátima disse que um dos maiores desafios foi a dívida R$ 93 milhões, R$ 54 milhões só de INSS. Destes, explicou a prefeita, já foram pagos R$ 4 milhões. Havia, ainda, um déficit de R$ 45 milhões.
— A crise não tem nos desanimados. Estamos com todas as nossas obrigações em dia: Pagamento de funcionários, tíquetes. Já reparcelamos nossa dívida com o INSS, ampliamos o número de meses. Estamos, também, com o pagamento do INSS em dia. Tanto as parcelas da dívida passada quanto nossa parcela mensal, que vai junto com a folha de pagamento. Este é nosso maior desafio: resgatar o crédito da Prefeitura de Quissamã — afirmou.
Fátima relatou que encontrou contratos suspensos, interrompidos por falta de pagamento. Entre estes contratos, importantes da saúde, além de manutenção de peças de veículos. “Estamos chamando os fornecedores, auditando os contratos. E aqueles que têm legalidades, já estamos começando a resolver”, disse.
Ela também lembrou que, antes mesmo da posse, esteve em Brasília com o vice, viabilizando emendas no valor de R$ 6 milhões, que serão investidos na Saúde, que vão possibilitar a ampliação da rede básica de atendimento, além de ciclofaixas e ciclovias.
Para gerar trabalho e renda, Fátima lembrou que, durante a transição, esteve com o prefeito de Campos, Rafael Diniz (PPS), para tratar do Complexo Logístico de Barra do Furado/Farol: “Naquele momento já traçamos uma série de metas. Já tivemos reunião em Brasília, na secretaria de Portos, no Rio, com o próprio prefeito Rafael. Agora estamos em um diálogo com o Inea por conta de licenças ambientais que já perderam o prazo e precisamos revalidar estas licenças. Não é um projeto a curto prazo, mas importantíssimo para nosso município e toda região. Não vai conflitar com o Porto do Açu. É uma área estratégica, cujas obras estão paradas há mais de dois anos e foram investidos mais de R$ 100 milhões”, explicou, acrescentando que, sem parcerias com governo federal e até estadual, apesar da crise, é impossível governar.
Uma preocupação, de acordo com a prefeita, é em relação à folha de pagamento. Quando Fátima assumiu, conta, ela estava em 54,83%, acima do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 54%. A prefeita disse que tem conversado com servidores e já tomou medidas, como o corte dos salários dela, do vice e dos cargos comissionados em 15%, além de não ter nomeado os cargos disponíveis: “Se ultrapassarmos o limite, Quissamã, e, por consequência, a população, sofrerão as punições impostas pela lei, e isso não podemos permitir”.
  • Fátima Pacheco, prefeita de Quissamã

    Fátima Pacheco, prefeita de Quissamã

  • Fátima Pacheco e Marcelo Batista

    Fátima Pacheco e Marcelo Batista

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