As delações de Jonas Lopes de Carvalho, ex-presidente do Tribunal de Contas do estado (TCE) do Rio, e do filho Jonas Lopes Neto revelaram um esquema de propinas que envolve a corte de contas, governos e empresas. Desde a semana passada era ventilado que uma prefeitura do Norte Fluminense estaria envolvida. Nessa segunda-feira (10), o jornal O Estado de S. Paulo revelou: era a de Macaé, durante a gestão do ex-prefeito Riverton Mussi (hoje PDT).

De acordo com o jornal paulista, conforme o relato de Lopes, o suposto esquema causou problemas, principalmente no acordo que teria sido firmado com Riverton, prefeito de 2005 a 2012. O delator contou que, após assumir a presidência do TCE, em 2013, foi procurado por Mussi, que teria dito que, apesar de um “acerto” com conselheiros, quando estava no cargo, estaria “apanhando muito do tribunal”. Mussi teria dito a Lopes que o acordo fora combinado com o conselheiro José Maurício Nolasco.

Jonas afirmou em delação que os conselheiros do TCE receberam propina para ignorar irregularidades em gestões municipais. Também foram citadas as prefeituras de Duque de Caxias e Niterói. No caso de Niterói, o “acerto financeiro” envolvia o então prefeito, Jorge Roberto Silveira (PDT).

Em Duque de Caxias, o esquema envolvia uma empresa responsável pela coleta de lixo, segundo Jonas Lopes Neto. O contrato foi firmado na gestão de Alexandre Cardoso. Segundo o delator, Cardoso não teria conhecimento da ilicitude.

Riverton e Silveira não foram localizados pelo Estadão. A Folha também não conseguiu falar com Mussi. (A.N.A.) (A.N.)