Três dias de reocupação de terras
Daniela Abreu 21/04/2017 17:46 - Atualizado em 23/04/2017 14:29
Ocupação de pequenos agricultores do Açu, no 5º Distrito de São João da Barra chegou ao terceiro dia nesta sexta-feira (21). Agora são cerca de 70 famílias, que ocupam as terras desapropriadas há oito anos, com apoio Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que atua dentro da jornada nacional de luta pela terra, de 17 a 21 de abril, em todo o país.
Segundo Rodrigo Santos, representante da Associação dos Proprietários Rurais e de Imóveis do Município de São João da Barra (Asprim), a ocupação não vai retroceder até que a justiça revogue o decreto de desapropriação da área do 5º Distrito. A área de aproximadamente 90.000 km² de terras foi desapropriada para a criação do Distrito Industrial no entorno do Super Porto do Açu, controlado à época pela LLX, do empresário Eike Batista.
Com a prisão não só do empresário, mas também do ex-governado Sérgio Cabral e as denúncias de pagamento de propina entre os dois trouxe a esperança de que o Ministério Público Federal anule as ações de desapropriação. Denúncias apontam que a área seria avaliada em R$ 1,20 bilhão, foi vendida por R$ 37 milhões dos quais o Estado teria recebido somente R$ 5 milhões.
A Prumo, atual responsável pelo Porto do Açu, informou em nota divulgada nessa sexta que “contribui para o desenvolvimento do Distrito Industrial de São João da Barra” e que “para que este desenvolvimento econômico aconteça, é importante que as áreas estejam livres de desembaraços para o uso industrial”.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS