O prefeito Rafael Diniz abriu diálogo com a diretoria do Sindicato dos Profissionais Servidores Públicos Municipais de Campos (Siprosep), que representa a categoria. Na noite da última quarta-feira, ouviu as reivindicações da classe, mas expôs a realidade econômica do município. Inicialmente, neste primeiro quadrimestre do ano, o governo municipal não deve ter condições de arcar com o aumento salarial, segundo explicitou o Siprosep em sua página do Facebook, ao relatar a reunião.

— Estamos aqui para olhar nos olhos das pessoas e dizer a verdade, sobre o que a gente pode ou não fazer, e expor a realidade do nosso município. Todos vocês estão vendo que é uma situação das mais difíceis, existe R$ 1 bilhão e 400 milhões a menos em relação à gestão passada para esta. Hoje, estamos administrando um déficit de R$ 40 milhões ao mês e já conseguimos reduzir os gastos, por enquanto, em R$ 10 milhões por mês. Estamos correndo atrás para manter os serviços essenciais, pra tentar melhorar e avançar em alguns pontos, principalmente, cuidar do servidor, nós estamos organizando a cidade. Antes, faziam de qualquer jeito, sem responsabilidade administrativa nenhuma. Nós estamos trabalhando pra fazer da forma correta, responsáveis e respeitando a todos vocês, não estamos aqui para enganar a ninguém — explicou o prefeito, sem fixar prazos.

— Viemos aqui hoje (quarta-feira) apresentar ao nosso prefeito as nossas reivindicações definidas em assembleia. É lógico que a dificuldade é muito grande, não há dinheiro para dar aumento e nem plano de saúde, mas o Rafael merece o nosso voto de confiança. Queremos conquistar tudo aquilo que não conseguimos no passado, mas sabemos que o prefeito encontrou uma prefeitura esfacelada. Vamos seguir dialogando”, afirma.

Na sua página do Facebook, o Siprosep publicou detalhes do encontro com o prefeito. Antes em outra postagem, chegou a publicar os itens que seriam apresentados ao prefeito: restabelecimento do plano de saúde, a proposta de reajuste salarial de 15%, o aumento do auxílio alimentação de R$ 200,00 para R$ 450,00 e a revisão do Plano de cargos carreira e salários de várias categorias como profissionais de serviços gerais, auxiliares de enfermagem, jornalistas, guardas municipais, agentes operacionais de saúde, atendentes de consultório dentário, porteiros da FMS, motoristas, telefonistas, agentes administrativos, entre outras.