Igreja, sindicatos e políticos em luta
Dora Paula Paes 03/04/2017 22:10 - Atualizado em 04/04/2017 12:21
Rodrigo Silveira
Fórum no Eucarístico / Rodrigo Silveira
Com o propósito de debater a polêmica reforma da Previdência, o bispo da Diocese de Campos, Dom Roberto Ferrería Paz, abriu na noite desta segunda, junto com o diretor do Colégio Eucarístico, padre Gilson Motta, o fórum para discutir a questão com a sociedade civil organizada, sindicatos e políticos. Os deputados federais que representam o Rio, na Câmara Federal, foram convidados. Alessandro Molon, Chico Alencar, Benedita da Silva, Chico D´Angelo, Soraya Santos não compareceram, mas justificaram. Molon, Alencar e Benedita mandaram mensagens declarando que estão em luta contra o projeto que tramita na Casa, para que nenhum brasileiro perca direitos adquiridos. O deputado da região, Paulo Feijó, segundo os organizadores, manifestou sua opção de não comparecer. A preocupação dos participantes do fórum é com caos social, exclusão dos mais pobres e violação da democracia.
O padre Gilson Motta destaca que a “reforma da Previdência como esboçada hoje, pode sim ser o modelo ideal ao interesse de algumas categorias políticas, de alguns grupos econômicos que inescrupulosamente desconhecem a realidade do trabalhador”. O bispo Dom Roberto Ferrería lembrou que “a Igreja é uma assembleia e toda assembleia é do povo”. Segundo ele, essa reforma é brutal e não pode ser imposta de cima para baixo, além de atingir a democracia”, deixando ainda a mensagem do Papa Francisco sobre a questão da aposentadoria.
De Campos, o presidente da Câmara Municipal, Marcão Gomes, compôs a mesa de discussão. O prefeito Rafael Diniz também mandou representante, além da presença de secretários. Os vereadores Thiago Ferrugem e Cabo Alonsimar marcaram presença no evento.
“A reforma da previdência como proposta é absurda e esse tipo de evento é importante para marcamos posição e deve ser estendido para a Câmara Municipal”, disse o presidente da Câmara.
Os deputados Molon e Alencar demonstraram preocupação nos vídeos gravados para o fórum. Uma reforma que atingirá principalmente as mulheres, trabalhadores rurais, idosos e os jovens que vão ter que trabalhar 49 anos para se aposentarem.

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