Filme argentino ganha aplausos após exibição
Jhonattan Reis 20/04/2017 18:33 - Atualizado em 23/04/2017 14:36
Paulo Pinheiro
Cineclube / Paulo Pinheiro
“O encontro entre essas duas visões de mundo é muito interessante, sendo a do personagem principal, como um escritor que saiu de uma cidade pequena e já está acostumado com grandes cidades, e a das pessoas da cidadezinha, com uma filosofia de vida muito associada ao patriotismo”. As palavras foram ditas pelo advogado e publicitário Gustavo Oviedo, que apresentou, na noite dessa quarta-feira (19), no Cineclube Goitacá, o filme argentino “O Cidadão Ilustre” (El Ciudadano Ilustre, 2016), dirigido por Mariano Cohn e Gastón Duprat. Antes disso, o produtor cultural Antonio Luiz Baldan exibiu o curta-metragem “Pajerama” (2008), com direção de Leonardo Cadaval, em homenagem ao Dia do Índio.
“O Cidadão Ilustre” conta a história de Daniel Mantovani (Oscar Martínez), um escritor argentino, radicado há 40 anos na Europa, que ganha o Prêmio Nobel de literatura. Por conta disso, ele recebe a distinção de Cidadão Ilustre de sua terra natal, Salas, uma cidadezinha do interior da província de Buenos Aires e que inspirou a maioria de seus livros. Apesar de nunca ter retornado à sua cidade desde a juventude, Daniel decide viajar para receber o galardão. Porém, a ilustre visita desencadeará uma série de situações complicadas entre ele e o povo local.
— É um filme que tinha muita vontade trazer (ao Cineclube) porque, além de inédito na cidade, é provocativo. É uma obra indicada pela Argentina para ser seu representante no Oscar, sendo vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro este ano. Já o ator principal, Martinez, ganhou premio de melhor ator no festival de Venez — disse Oviedo.
O apresentador da noite também apontou a importância de o longa-metragem ter uma pitada de humor, apesar de se tratar de um drama.
— Um filme não pode ser chato. Ele tem que contar a sua história, mas precisa entreter o espectador durante todo o decorrer dela, e isso foi um recurso interessante — falou. Oviedo também comentou que, em meio aos acontecimentos do filme, há um olhar interessante em relação à cultura. “Outra questão é a percepção de quem assiste. A princípio, vemos a cidade como um pequeno inferno e o Daniel Mantovani como o certo. Depois, vamos vendo que também não é tão santo assim, e que se aproveita daquele povo para escrever suas histórias”.

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